O lobo do ódio!
Existe um provérbio indígena que caracteriza muito bem o neto de Antônio Carlos Magalhães:
“Dentro de mim, existem dois lobos:
O lobo do ódio e o lobo do amor.
Ambos disputam o poder sobre mim.
E quando me perguntam qual lobo é vencedor, respondo:
O que eu alimento”.
Os Magalhães subjugaram a Bahia por tantas décadas que as marcas da opressão e profunda desigualdade social ainda estão presentes no estado baiano. Enquanto a família do rei deposto acumulou uma das maiores fortunas do Brasil. O modo ditatorial de Toninho Malvadeza de fazer política era marcado pelo coronelismo e traição. Traia correligionários e principalmente o povo.
A herança maldita de ACM provocou tantos estragos na política nacional que depois da sua morte, o PFL precisou mudar de nome, viraram: Democratas, vai vendo. O nome até que é sugestivo dada as semelhanças entre os partidos golpistas nacionais e o Democratas norte-americano, que sempre apoiou golpes na América Latina e mundo afora. Pois bem, quem assumiu a herança política de ACM no PFL/Democratas foi o seu neto, copia repaginada do avô até no nome.
ACM Neto é o atual cacique do partido Democratas. Fez um esforço de marketing gigantesco pra dissociar sua imagem a do próprio avô, e lançou uma versão Netinho paz e amor. Entre os desavisados há quem acredite neste Antônio Carlos 2.0, ledo engano. O lobo que lidera a alcateia dos Democratas tem tanta sede de poder que acaba por ser lobo de si mesmo. O alimento diário dos filhotes de ditadores é 0 poder. Entre a imagem e a genética, a carga de DNA fala mais alto. Vamos aos fatos.
Na Bahia, Bolsonaro é tão malquisto quanto o diabo na terra. Nenhum político honesto, nem mesmo os santos do pau oco, atrevem-se a se aproximar do presidente da morte. A não ser os adoradores do poder. Neto não resistiu à tentação do diabo, afinal, o abraço com a morte envolve emendas parlamentares, ministérios; confirma a vocação do Democratas em se beneficiar com a tragédia do povo brasileiro. Não teve jeito, o neto de ACM abraçou o capeta e traiu o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Palavras do Maia: “ACM Neto entregou a nossa cabeça numa bandeja para o Planalto”.
Traição de Neto consumada, veio a vitória de Arthur Lira, candidato de Bolsonaro na Câmara. Por fim, chega o ônus de apoiar um genocida. O poder a qualquer custo cobra fatura inglória. Mas o neto de ACM deseja ficar somente com o bônus, ao ponto de querer passar de traidor a traído.
Analisem: depois de João Roma o seu “ombro amigo, parceiro dedicado, ex-chefe de gabinete” assumir o Ministério da Cidadania – presente generoso do Bozo – Neto faz contorcionismo na inteligência alheia; nega apoiar Bolsonaro e condena a nomeação do seu amigo a um dos principais ministérios do Planalto (Sic). É bem capaz de na terra de Gabriela, Cravo e Canela alguém acreditar nessa novela mexicana contada por Neto.
ACM Neto, a Bahia e o Brasil já sabe de qual lobo você é feito: o do ódio. Apoiar um genocida é traição imperdoável. Não tem marketing que esconda a eterna vilania do DEM contra o país e o povo. Prepara-te, seremos implacáveis, outra vez!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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