Biden aplica as iniciativas de Lula!
Eu li esse artigo e achei de um reducionismo muito próprio de quem quer negar o óbvio: “O Biden brasileiro”. Por questões elementares, quando se a aborda o tema de políticas públicas inclusivas, sobretudo na primeira infância, não há como fugir da realidade, foi Lula quem introduziu a pauta do combate à pobreza e colocou na ordem do dia programas que revolucionaram as políticas sociais no Brasil.
O artigo do Estadão quer inverter a ordem dos fatos em pelo menos uma década. Leia o artigo: https://estadaodigital.pressreader.com/@Reader21858474/csb_uZhJNsFPiPxTo73lTphEG4g5mCI80tjTVKuIHDJL1yiZqHk2RZLH4iS5XBJv-tRY
Em três meses de governo, o mandatário norte-americano tem deixado os neoliberais de cabelo em pé ao notarem as prioridades do governo Biden. O frágil argumento neoliberal de que as políticas inclusivas de combate à pobreza são meramente assistencialistas começam a cair por terra. Desta vez, é o centro do império que copia os governos petistas e determina renda de US$ 250,00 para crianças e adolescentes, chegando a US$ 300,00 no caso da primeira infância. Será que Biden virou um Bolchevique? Longe disso, os EUA começaram a entender que nenhum capitalismo resiste a falta de assistência socioeconômica na base; que o neoliberalismo desenfreado marginaliza grande parte da população. Inclusive coloca em xeque a dita “grande democracia”.
Por ironia política e pra o desespero da direita é o Lulismo que inspira a retomada econômica na maior potência do globo. Tudo tem uma razão de ser e nós já explicamos esta tese inúmeras vezes. Segundo a Universidade de Nova York, “o retorno dos investimentos da nova política de proteção social americana será o de oito vezes o seu custo para o contribuinte”. Quantas vezes falamos disso? Quantas vezes Lula repetiu que o segredo do seu governo foi incluir o pobre no orçamento?
Não adianta o Estadão tentar reescrever a história à moda americana. Admitam: foi o PT tendo como carro chefe o Bolsa Família e outros programas sociais que deram dignidade ao povo e condições deles ascenderem socialmente. Fomos nós que entendemos que a meninada do Bolsa Família precisaria entrar nas universidades e institutos técnicos e agimos. Não se assustem se o Biden começar a investir em educação pública da base à universidade.
A pandemia também escancarou o sistema de saúde fracassado dos norte-americano. Tanto que eles foram o primeiro epicentro do coronavírus. Aqui no Brasil, o genocídio Bolsonarista só não é maior porque nós investimentos no SUS. Ampliamos os atendimentos na rede públicas de saúde com a criação de novos hospitais, UPAs, leitos de UTI, cobertura de vacinação, Mais Médicos, saneamento básico e derrubamos a mortalidade infantil.
Biden terá que copiar os nossos governos neste tema elementar. Provavelmente fará em alguma medida. Entenderam que caro é não ter saúde universal. Provaram a si mesmo, que quando a saúde pública funciona, o caso da imunização que caminha a passos largos desde que o democrata assumiu, o ganho é incalculável.
Foi uma série de políticas públicas dos governos do PT que abordaremos em outros textos – fará os desavisados entenderem- porque diante da maior crise do capital em 2008, os seus efeitos chegaram no Brasil como uma marolinha. Aqui nós temos o BNDES e estatais como a Petrobras que investiram e financiaram os nossos programas sociais, apostamos na inclusão, no povo, no desenvolvimento nacional.
O Estado forte amorteceu os impactos imediatos da grande crise que reverbera até hoje. Não fosse o golpe, enfrentaríamos as crises econômica-social-sanitária com outra realidade. Viveremos um cenário pós-guerra depois da pandemia. O Estado forte investindo no bem estar social será a cartilha da União Europeia e EUA. Mas isso é tema para uma nova reflexão.
Diante dos fatos e os rumos que a geopolítica tende a tomar, finalizo este texto com as palavras do Lula: “O mercado, se tivesse juízo, ia à Aparecida pagar promessa para eu voltar. Esse país nunca foi tão bem, nunca foi tão respeitado nos Estados Unidos, na China, na Rússia, na Alemanha, em Moçambique. O Brasil virou protagonista internacional. Fui o único presidente da história do Brasil que participou de todas as reuniões do G8”.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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