Cooperacaju apresenta plano de expansão da cultura do caju pelos agricultores familiares
Projeto visa levar água ao Assentamento Barrocão, em Ribeira do Amparo, e Assentamento Terra Prometida, em Nova Soure
Gestores da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) receberam representantes da Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), que apresentaram um plano de expansão da cajucultura no Território Nordeste II e, também, da diversidade produtiva da região.
O objetivo foi buscar melhorias em projetos de irrigação de água para abastecimento dos agricultores familiares do assentamento Barrocão, em Ribeira do Amparo, e do assentamento Terra Prometida, em Nova Soure, e garantir a comercialização desses produtos pela cooperativa.
De acordo com o titular da SDR, Josias Gomes, a Cooperacaju tem sido uma parceria importante nesse trabalho de difusão das novas tecnologias de plantio irrigado, consorciado com diversas culturas. “É isso que vai dar possibilidade de ter uma cultura de ciclo longo, como o caju, e de ciclos mais curtos, como feijão, mandioca e amendoim, por exemplo. Um projeto bem concebido, onde vamos atingir aquilo que sempre desejamos, que é uma produção mais tecnificada, e esse projeto vai possibilitar ver isso de perto”, argumenta Josias Gomes.
De acordo com o presidente da Cooperacaju, Icaro Rennê, o apoio da SDR será de grande importância para fomentar todas as cadeias produtivas desses agricultores, garantindo que eles produzam dentro de suas propriedades. “Estamos buscando que os agricultores, muitas vezes em regiões que não têm água para subsistência ou água para irrigação, tenham acesso a essa água, para aumentar sua produção, fazer com que ele tenha renda e fique dentro da sua propriedade, permaneça no campo”, diz Rennê.
O chefe de gabinete da SDR, Jeandro Ribeiro, explicou que a equipe da cooperativa e a presidência, que faz o regimento do assentamento, trouxe um norte a ser seguido com o tema da agronomia. “Podemos cultivar ali não só frutíferas, mas também fazer criação de pequenos animais como a própria agricultura, caprino-ovinocultura, o caju e, também, temos potencial para umbu. Lá já está sendo produzindo umbu gigante, então, tem uma série de culturas que podem ser trabalhadas para abastecer uma planta industrial que está do lado como, por exemplo, a acerola verde”.
A Cooperacaju é apoiada pelo Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, que já investiu R$ 2,3 milhões, aplicados na aquisição de equipamentos e máquinas para qualificar e aumentar a produção, sistema de geração de energia solar fotovoltaico, construção de uma unidade de processamento de Líquido da Castanha-de-Caju (LCC), que visa a diminuição dos impactos ambientais. Os recursos também são para o desenvolvimento de rótulos e embalagens para os produtos, estratégias de comercialização e assessoria para a obtenção da Certificação Orgânica.
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