Estados Unidos: a nova face de um império em decadência!
Em 2022, o Brasil e o mundo assistiram à posse do presidente Lula, prestigiada por um mar de gente. Na subida da rampa, pessoas representando a diversidade da sociedade brasileira. Dois anos depois, o mundo presencia a posse de Trump nos EUA. A cerimônia assemelha-se a uma peça de teatro, com figurões da ultradireita e bilionários estadunidenses, nutrindo a promessa de iniciar a ‘era de ouro dos Estados Unidos’. É a nova face de um império em decadência.
Donald Trump 2.0 vem mais radicalizado, disposto a ser o sol da extrema-direita no mundo. Em seu discurso de posse, o 47º presidente dos EUA anunciou alguns pontos que serão os pilares de seu governo, que podem levar a maior potência do globo a um abismo sem volta. Na largada, o número 1 da Casa Branca prometeu a extinção de programas de diversidade: “Vamos forjar uma sociedade que não enxergará duas cores e será baseada no mérito. Agora só existem dois gêneros: masculino e feminino”.
Trump quer fazer a América grande novamente com protecionismo latente e um apetite insaciável para retirar territórios vizinhos. Reafirmou que renomeará o Golfo do México para “Golfo da América”, em referência aos EUA, e retomará o Canal do Panamá, afirmando que o estreito foi tomado pela China: “O canal foi dado ao Panamá, não à China. Vamos tomá-lo de volta.” Reafirmou a falácia reproduzida pela extrema-direita universal “sobre liberdades” e anunciou que revogará todas as formas de censura para “restaurar a liberdade de expressão” nos EUA. Além disso, prometeu uma perseguição implacável aos imigrantes ilegais.
Em resumo, Trump deixou claro que prepara a maior ofensiva do império regido pelas pautas da ultradireita, que ameaçam milhões de americanos, países soberanos e princípios diplomáticos, comerciais e democráticos. É o tudo ou nada que pode transformar os EUA em um mar morto da geopolítica, regido por uma plutocracia sedenta de mais poder e riqueza, mesmo que a humanidade pague o preço.
No teatro dos horrores da posse trumpista, o magnata e agora Secretário de Estado norte-americano, Elon Musk, fez uma saudação nazifascista, como se a posse de Trump fosse o renascimento do Terceiro Reich. A semiótica quase nunca falha. Portanto, não é exagero dizer: o mundo precisa estar unido para que o mal não se alastre de forma acelerada para além das fronteiras estadunidenses. Jamais podemos subestimar indivíduos que se acham redentores da humanidade e imperadores predestinados.
Trump uniu o baronato ianque na cerimônia de posse, com destaque para Elon Musk (X e Tesla), Jeff Bezos (Amazon e Blue Origin), Mark Zuckerberg (Meta) e Tim Cook (Apple). O quarteto de bilionários tem uma fortuna maior que o PIB anual de 175 países. A análise do discurso pode ser lida da seguinte maneira: “nós contra eles”, tendo os EUA como o QG da ultradireita mundial e todos os atrasos que isso representa.
Em tempos de X, relembro um americano verdadeiramente patriota e libertário: “O futuro pertence àqueles que se preparam hoje para ele” (Malcolm X). Estejamos atentos, mobilizados e fortes!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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