Fascismo nunca mais: Protesto contra a extrema direita leva 160 mil às ruas de Berlim
Os alemães tomam as ruas de Berlim e cidades estratégicas para demarcar posição contra o avanço da extrema-direita e do candidato conservador Friedrich Merz, do partido CDU, a União Democrática-Cristã, que lidera as pesquisas eleitorais. Ele já deu provas de que irá se aliar aos nazifascistas, reeditando a pior tragédia da política alemã.
O estopim dos protestos alemães ocorreu justamente depois de Friedrich Merz, candidato conservador, formar uma aliança dolosa com a AfD (partido da ultradireita) para a aprovação de um projeto de lei que limitaria a imigração no país. Eles foram derrotados no parlamento. Mas a ameaça à democracia alemã segue em curso, já que a AfD está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, tendo Merz na liderança, a três semanas das eleições parlamentares.
O cavalo de pau dado por Friedrich Merz ao atrair a AfD para sua trincheira enfrenta resistência dentro do seu próprio partido, como a da ex-primeira-ministra Angela Merkel (CDU), de outras lideranças e da igreja evangélica. Depois de todos os traumas vividos pela Alemanha, provocados pelo nazifascismo, Merz não faz cerimônia em se aliar a um partido que tem parte de seus integrantes investigados por discurso de ódio e neonazismo, e que é anabolizado por figuras antidemocráticas como Elon Musk. Derrotá-los é questão de ordem!
A Alemanha deve seguir o exemplo do Brasil e da França, formando uma grande frente ampla, seguida de manifestações permanentes organizadas pelos setores democráticos, para derrotar a ameaça mais perigosa no país desde a queda do sanguinário Adolf Hitler. Durante os protestos em Berlim, a multidão ecoou gritos de ordem como “Nazistas, fora!”, “Fascismo nunca mais!” e “Vergonha de você, CDU”, além de protestos mais bem-humorados, como “Porque eu adoro kebab” e “Friedrich, ouça a mamãe”, em referência a Merkel.
A Alemanha tem três semanas para mostrar à maioria dos alemães o quanto a extrema-direita atual será tão danosa quanto a que levou o mundo à trágica Segunda Guerra Mundial e destruiu o próprio país, deixando milhões de mortos e sequelas insuperáveis. Os protestos nas ruas e nas redes contra essa aliança do mal precisam ser permanentes.
O avanço da extrema-direita no mundo acende o sinal vermelho para o campo democrático: sem regulação das mídias sociais e punição severa para produtores e reprodutores de fake news e autores de discurso de ódio, a democracia e as conquistas civilizatórias estarão sob constante ameaça! Em tempos de arsenais nucleares, a humanidade não pode se permitir errar outra vez. Fascismo nunca mais!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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