
O Brasil Não Se Curva: Em Defesa da Soberania, da Justiça e da Verdade
As recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as notas da Embaixada americana no Brasil e do próprio presidente americano, representam um gravíssimo atentado à soberania nacional. Ao afirmar que Jair Bolsonaro é vítima de perseguição política e ao pressionar publicamente as instituições brasileiras, Trump ultrapassou todos os limites do aceitável nas relações entre países soberanos.
Como se diz no Nordeste, Trump é mais desembestado que carro sem freio na ladeira. E para completar, mente em um dia o que um macaco não pula em seis meses.
O governo brasileiro não se calou. Após a divulgação das falas do presidente americano em defesa do ex-presidente Bolsonaro — réu por tentativa de golpe de Estado —, Trump chegou ao cúmulo de enviar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tentativa de influenciar decisões do Judiciário e da soberania nacional. A carta era tão absurda, tão vergonhosa e inaceitável, que o presidente Lula mandou devolver a correspondência ao remetente.
Esse episódio, digno de tragicomédia, é mais uma prova de que Trump não respeita a democracia alheia — nem mesmo a do seu próprio país.
Com seu histórico de tentativas de subversão institucional, de incitação à invasão do Capitólio e de perseguição sistemática à imprensa e adversários, Trump não tem legitimidade alguma para dar lições ao Brasil. Está tentando proteger Bolsonaro não por convicção democrática, mas por afinidade golpista.
Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por tramar contra a democracia brasileira. Está sendo julgado dentro do Estado de Direito, com base em provas, e sob ampla defesa. Aqui, a Justiça não se dobra a pressões externas. O Brasil é um país soberano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi claro e firme em sua resposta:
”A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja.”
E se ainda restava alguma dúvida sobre a natureza autoritária da postura de Trump, o economista americano Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia, resolveu dissipá-la. Em artigo publicado no Substack, que a Revista Fórum e o jornal O Globo reproduziram, Paul Krugman — que não é petista, nem lulista, mas um defensor da democracia — condenou veementemente a medida de Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como retaliação pela responsabilização judicial de Bolsonaro.
”Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador”, escreveu Paul Krugman.
”Se ainda tivéssemos uma democracia em funcionamento, essa manobra contra o Brasil seria, por si só, motivo para impeachment.”
Paul Krugman afirmou ainda que Trump não apresenta qualquer justificativa econômica real para essa retaliação. Segundo ele, trata-se de uma ação perversa e megalomaníaca, voltada a intimidar o Brasil por ter coragem de levar um golpista à Justiça.
Como se diz no Nordeste: Trump é mais enrolado que intestino de bode — e mais atrevido que menino em casa alheia.
O Brasil não aceitará pressões imperiais. Somos uma nação independente, com instituições sólidas e com um povo que lutou muito para conquistar sua democracia. Aqui, quem comete crime responde por ele — seja rico, poderoso, ex ou atual presidente.
Não aceitamos tutela, não aceitamos chantagem e não aceitamos mentira disfarçada de diplomacia.
Aqui se faz, e aqui se julga. E quem tentar mandar na Justiça brasileira vai levar um “não” do tamanho da nossa dignidade. O Brasil é Soberano!
Josias Gomes
Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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