
Juazeiro: entre o rio, o saber e o fruto que alimenta o mundo
Juazeiro: entre o rio, o saber e o fruto que alimenta o mundo
Juazeiro completa hoje 147 anos, e parece que o tempo corre diferente por aqui. Corre como corre o São Francisco: firme, generoso e cheio de curvas de esperança. A cidade que um dia foi vila de beira-rio, hoje é polo de um Brasil que planta futuro em solo de sertão.
À sombra das mangueiras e ao calor do sol do semiárido, Juazeiro fez brotar mais que frutas. Fez brotar ideias, sonhos, saberes. E nada disso seria possível sem o povo que a constrói todos os dias com suor, afeto e coragem. O povo de Juazeiro é daqueles que acolhe com café e história, que ensina a terra a florescer e os filhos a voarem longe — ou ficarem para construir ainda mais.
A irrigação transformou a paisagem e, com ela, o destino de milhares. Onde antes o verde era exceção, hoje se colhem uvas em duas safras por ano. Manga doce que viaja para a Europa, vinho que já é orgulho nacional. A fruticultura irrigada é uma revolução silenciosa que nasceu da ciência, da técnica, da insistência em fazer o impossível acontecer.
Mas o que seria da terra sem quem a cultiva? Aqui, a agricultura tem dois rostos — o do produtor familiar, que cuida do chão com a paciência dos antigos, e o da agricultura empresarial, que movimenta caminhões e exporta caixas e mais caixas de alimento e riqueza. Os dois rostos se olham no espelho da convivência, se reconhecem na importância um do outro e fazem do Vale um símbolo de parceria entre tradição e inovação.
E, se a terra floresce, é porque a cabeça também se alimenta. Juazeiro soube investir em educação e, hoje, colhe frutos que não cabem em cestos, mas em diplomas. O campus da UNEB é um celeiro de professores, cientistas, gestores — gente que planta saber. A UNIVASF, por sua vez, trouxe um novo horizonte para a juventude sertaneja: ensino superior gratuito, de qualidade e voltado para os desafios da região. Onde antes se via êxodo, hoje se vê permanência e pertencimento.
Juazeiro é, pois, terra de sementes. De sementes que viram planta e de ideias que viram ação. E, no aniversário de 147 anos, nada mais justo do que celebrar essa cidade que aprendeu a brotar onde diziam que era impossível. Que fez do rio uma avenida de progresso, da educação um motor de transformação e da agricultura uma arte de viver.
Parabéns, Juazeiro. Que o futuro continue se derramando por tuas margens como o Velho Chico: com força, com graça e com a bênção do povo que te ama.
Josias Gomes
Deputado Federal (PT/BA)
Vice-líder do PT na Câmara
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