A FARSA DE TARCÍSIO E DERRITE CHEGA AO LIMITE. Relatório do PL Antifacção é constrangedor e perigoso!
A enrascada de Tarcísio e Derrite
Tarcísio de Freitas e seu secretário Derrite se meteram numa enrascada monumental, daquelas que não se resolve com coletiva improvisada ou bravata de rede social. Entraram num debate complexo sem ter o mínimo domínio técnico e agora lutam para esconder o óbvio: foram além da conta e não sabem como recuar sem admitir o tamanho do desastre político que criaram.
Enquanto isso, o governo federal seguiu apresentando dados, diagnósticos e propostas sólidas, deixando clara a diferença entre quem trabalha com seriedade e quem tenta transformar segurança pública em espetáculo. E espetáculo ruim.

A assimetria é brutal. De um lado, Derrite, governadores da direita e influenciadores órfãos de sensatez, oferecendo frases soltas, improviso, insinuações irresponsáveis e a repetição vazia daquele mantra de que “o PT defende bandido”. De outro, o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança Pública explicando, com clareza e técnica, como se enfrentam facções criminosas de verdade: integração, inteligência, padronização de protocolos, rastreamento de armas, modernização das polícias.
Enquanto uns falam para plateia, outros falam para o país.
E o pior: a direita tem atrapalhado deliberadamente o debate. Suas falas públicas, muitas vezes desconexas e carregadas de insinuado incentivo a ações brutais como as do Rio de Janeiro, mais confundem do que esclarecem. É um populismo de segurança sem compromisso com resultados, sem estudo, sem planejamento. Só ruído.

No centro desse caos está Derrite — o relator mais despreparado que um tema tão sensível poderia ter recebido. O relatório que apresentou ao PL Antifacção (5582/2025) não é apenas fraco: é tecnicamente constrangedor. Mistura conceitos errados, violações constitucionais, brechas jurídicas perigosas e impactos financeiros que nenhum órgão federado consegue sustentar. É uma ameaça real à estabilidade do sistema de segurança pública.
Por isso não há mais como fingir:
Derrite perdeu completamente as condições de seguir como relator.
A permanência dele não é apenas inadequada — é temerária.
Diante de um relatório tão cheio de erros e vícios, não há arranjo possível, não há acordo, não há “remendo”. A única saída responsável é adiar imediatamente a votação e substituir o relator, escolhendo um nome capaz de tratar o tema com o mínimo de seriedade institucional. O país não combate facções com improviso legislativo. Muito menos com voluntarismo ignorante.
A verdade é que Tarcísio e Derrite prometeram força, rapidez e soluções mágicas — mas entregaram apenas improviso, amadorismo e discursos que beiram a desinformação pública. E agora estão encurralados. A enrascada que criaram não tem solução fácil porque o problema não é político, é estrutural: eles não entendem do que estão falando.
Segurança pública é tema sério. Não combina com malabarismos retóricos, guerra cultural ou marketing eleitoral. A direita transformou o debate numa caricatura, e o governo federal, com técnica e seriedade, expôs essa farsa.
Por isso a cobrança agora é direta: ou se refaz o caminho com responsabilidade — ou persistirá o risco de se destruir uma política nacional já frágil por puro voluntarismo.
Josias Gomes
Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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