A confissão pecaminosa da Globo!
O jornalismo da Globo foi montado pra ser a peça de teatro interminável. Muda-se os atores, figurinos, mas os atos dramáticos e personagens são os mesmos. A Globo determina os mocinhos e vilões, divide a plateia, comanda o espetáculo do absurdo. A fórmula parecia infalível até que um demônio decidiu rasgar o roteiro e incendiar o teatro de fora pra dentro.
A Globo tenta conter o incêndio, mesmo em brasa viva, se finge de imortal e até concede induto global. Apela para a piedade cristã, sempre muito forte no Brasil. Decreta por meio de artigo em seu jornalão que: “É hora de perdoar o PT”, assinado por um dos ideólogos do “padrão Globo de qualidade”, o jornalista Ascânio Selene.
Ao produzir o texto tão pecaminoso – pra dizer o mínimo-, a Globo subestima a inteligência alheia. Dotados da arrogância típica dos que se acham Deus na terra, inverte a ordem lógica de pedir perdão ao PT e ao Brasil. O título do artigo do jornalista Selene se tivesse o mínimo de decência, deveria se chamar: Confissão! E aqui me permitam uma analogia que resume o tamanho do pecado Global: “Sendo assassino do teu filho, não posso te pedir perdão. Mas digo às pessoas que estou pronto para te perdoar”. Em novela alienante à proposta, poderia funcionar, mas na vida real, aquela que custa sacrifício humano, acúmulo civilizatório e MEMÓRIA, o truque não vinga.
A Globo foi uma das principais mandantes do assassinato da frágil democracia brasileira. Feriu de morte o PT. Impedida pelas forças populares de matar o partido símbolo do Brasil, que decidiu resistir e lutar contra os poderes dominantes, a Globo não quer pedir perdão ao imperdoável. Serpentes não viram anjos. Simplesmente, a Poderosa quer usar o capital político do PT na sua cruzada particular contra o Bolsonarismo. O Diabo rebelde e a sua legião de demônios que fugiram da sua saia jogam gasolina no incêndio que a Globo se meteu.
A miséria inconfessa da Globo pode custar a sua sobrevivência. Para manter essa máquina de guerra contra os interesses da classe trabalhadora, o seu exército precisa ser financiado. Por quem? Bolsonaro e a verbas estatais? Bozo foge do beijo bandido e aposta as suas fichas nas concorrentes da família Marinho. Capital privado? O país se encontra em depressão econômica, empresas fecham as portas em velocidade semelhante que os trabalhadores perdem empregos formais. Façam as contas! E as verbas publicitárias que restaram, dia após dia voam para as plataformas digitais como Facebook, Instagram, YouTube. Por fim, o monopólio dos canais fechados globais vêm sendo esmagados pela Netflix, Amazon Prime e tantas outras que brotarão.
Só resta dizer ao Grupo Globo: ‘saudade do PT, né minha filha’?
O PT sobreviveu sem a Globo. Será que Globo sobreviverá sem o PT? Como se diz na Bahia: “é barril dobrado”!
Josias Gomes, Agrônomo – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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