Atividade com Associação dos Pequenos Produtores e Apicultores Rurais da Comunidade de Várzea Grande
“Falar como se diz na história”, assim, João Batista, conhecido por todos pelo nome de Tista, o presidente da Associação dos Pequenos Produtores e Apicultores Rurais da Comunidade da Várzea Grande, no município de Jeremoabo, iniciou a reunião da Associação Comunitária. Neste contexto prazeroso de ouvir a história de luta da nossa gente, Ícaro Renne, Diretor-presidente da UNICAFES-BA e da Rede Cooperacaju, e eu, tivemos um dia inesquecível.
Várzea Grande é uma comunidade com ruas de chão batido. Na rua principal, bem em frente à escola que já não funciona mais, onde fizemos a reunião, tem um frondoso cajueiro que serve de sombra para os moradores, além de também ser estacionamento de motos – e são muitas, no Sertão ninguém mais anda de jegue. Também participaram da nossa reunião as associações: Quilombolas do Juazeiro dos Capotes, Comunitária da Comunidade Baixão de Cima e a ONG ARCAS.
Dió, um líder comunitário e pai do atual presidente, ao se levantar para saudar os presentes, foi logo invocando sua condição: “o Veinho vai se alevantar”, saudou aos visitantes, “é um prazer recebê-los em nossa comunidade”. O prazer foi todo nosso, companheiro. Dió tem bastante conhecimento dos problemas da comunidade, como um líder atuante que foi, relembra das idas a Salvador e a Brasília para tratar das questões locais.
Os agricultores familiares têm como fonte o rio Vaza Barris para o desenvolvimento da agricultura e criação de animais. Eles receberam tratores para fortalecer suas atividades, mas no kit faltaram as grades aradoras, e pediram o meu apoio nessa conquista. Faço muito gosto de poder contribuir com associações tão dedicadas no desenvolvimento da agricultura familiar local.
Desde 2016, um grupo de mulheres (Nativas Nordestinas) da comunidade se organizou para utilizar as frutas da caatinga, Umbu, palavra da língua tupi-guarani que significa “árvore que dá de beber”, cujo fruto tem várias utilidades, como Maracujá da caatinga, licuri, palma, e por aí vai, cujo sabor e aroma fazem destas frutas excelentes matéria-prima para produção de sucos, polpas, geleias e sorvetes, queijada, pudim.
Mas qual o quê, parte da comunidade logo se insurgiu com a ideia, “onde já se viu fazer comida de dessas frutas, isso é comida para gado”, falavam à boca pequena.
As mulheres seguiram em frente, não se sentiram acuadas com a recusa, com a assistência técnica da Arcas, tudo começou a mudar, depois veio a ajuda de um grupo de italianos que visitaram a comunidade, gostaram dos produtos, tanto que levaram para a Itália, e ainda mais, deixaram sua contribuição para elas construírem uma agroindústria que hoje processa as frutas. A marca Nativas Nordestina foi criada para dar visibilidade comercial aos seus produtos.
A comunidade ainda sente os efeitos da recente enchente do Rio Vaza-Barris, muitos perderam tudo. Mas este é o tema do segundo momento das nossas visitas. E os associados podem ter certeza de que me dedicarei a este tema que trouxe tantos impactos na comunidade. Um trabalho tão lindo precisa de todo apoio do poder público.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-Líder do PT na Câmara
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