Biodiesel: o futuro já começou
Os governos do PT sempre defenderam a tese da necessidade vital de termos fontes de energia renováveis, mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores de petróleo do mundo. A justificativa é óbvia: no século XXI, a busca pela sustentabilidade não pode retroceder. Dessa forma, em 2004, o governo Lula criou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Ainda que tenhamos conquistado progressos consideráveis, eles são insuficientes.
O golpe desmontou diversos ativos da Petrobras que ferem a autonomia nacional na cadeia de petróleo e seus derivados, bem como escanteou os projetos de energias renováveis, nos quais o Biodiesel está intrinsecamente interligado. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, retomou esta pauta tão importante para o desenvolvimento da sustentabilidade, a diminuição da dependência petrolífera, além do aquecimento da atividade agropecuária. O Biodiesel tem como matéria-prima óleos vegetais de algodão, amendoim, dendê, palma, girassol, milho, soja, mamona, dentre outros, associados a gorduras animais e até resíduos gordurosos de fritura e esgoto sanitário.
Neste mês de março, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vai decidir sobre o aumento da mistura de Biodiesel dos atuais 10% para um teor que pode chegar a 15% de forma escalonada. A pauta precisa ganhar o centro do debate público. Sabemos que o lobby da indústria do petróleo é o maior do planeta e toda medida que vise a gradual substituição deste recurso, que é finito e traz danos ao meio ambiente, existe toda uma articulação no sentido de vetar os avanços das fontes renováveis.
A questão é que o governo Lula foi eleito para defender os interesses nacionais e da maioria dos brasileiros. Fomentar o aumento do uso do Biodiesel no país traz ganhos consideráveis ao meio ambiente, à economia, ao desenvolvimento regional, à Ciência e Tecnologia, ao consumidor final e, principalmente, traz um novo horizonte na ampliação de mercado para os agricultores familiares. Em um país das dimensões do Brasil, os agricultores, com devido apoio estatal, têm totais condições de garantir soberania alimentar e produzir a matéria-prima do Biodiesel.
Atualmente, temos um país com milhões de desempregados e/ou em subempregos, cientistas subaproveitados e sofremos ameaças de sanções internacionais devido à política ambiental predatória de Bolsonaro. Fomentar uma matriz energética sustentável posicionará o país globalmente com selo sustentável e tornará os nossos produtos mais atrativos para exportação, conquistando investimento estrangeiro e contribuindo de forma significativa para avançarmos nos desafios postos citados acima.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ao analisar a proposta de aumentar de 10 para 15% o uso do Biodiesel, deve considerar os ganhos imediatos desta medida, mas, sobretudo, olhar para o futuro que bate em nossa porta. Os países desenvolvidos serão aqueles que dominarem uma matriz socioeconômica sustentável, inclusiva e democrática. Avancemos!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
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