Conscientizar para reparar!
Em 13 de maio é celebrado o dia da Abolição da Escravatura (1888).
Data contraditória, se analisarmos a abolição de modo mais aprofundado.
O Brasil foi o país que mais escravizou africanos dentre as colônias latino-americanas.
Cerca de 46% de todos os escravos deste gigante continente foram trazidos coercitivamente para o nosso país.
Os escravos eram tratados como mercadoria e tinham valor de mercado.
Não é por acaso que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão.
A aristocracia brasileira, e não somente os fazendeiros, achava que o país ia se arruinar caso parasse de trazer africanos e abolisse a escravidão.
Contudo pelo contexto histórico da época era impossível manter o regime escravista, devido à luta dos abolicionistas de todo mundo, pela questão econômica e a pressão inglesa por causa da ascendente Revolução Industrial.
Portanto, os escravistas foram intimados a abolir a escravidão.
No entanto, foi uma abolição sem um mínimo de reparação histórica e material.
Os escravos foram abandonados à própria sorte e, mesmo depois de mais de um século, os descendentes dos africanos são os que mais sofrem a exploração e abandono.
O Brasil precisa fazer a sua verdadeira abolição: acabar com o racismo, tirar o povo negro das estatísticas de homicídios e levá-lo à universidade.
Na última década as gestões petistas buscaram diminuir o abismo social em que os negros foram inseridos.
Contudo, foram 500 anos de atraso, uma política perversa contra este povo que fez do Brasil a potência que é.
A luta continua.
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