De dentro da prisão, Bolsonaro escolhe o “ZERO UM” como o seu presidenciável
Bolsonaro escolheu Flávio Bolsonaro para ser seu candidato à Presidência. A notícia caiu como uma bomba no “mercado financeiro”, que queria Tarcísio de Freitas como presidenciável preferido – e de paletó comprado. Após o anúncio do próprio “zero um” e a confirmação de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, os veículos manchetearam: “Ibovespa tomba, dólar e juros disparam”.
Mesmo preso, Bolsonaro não quer abrir mão da hegemonia da oposição, muito menos enfraquecer a extrema-direita. Tarcísio de Freitas, “o bolsonarista renegado”, mesmo com o apelo do Mercado e da direita brasileira, terá de se contentar em concorrer à reeleição. A elite do atraso apostava em Tarcísio porque queria manter a política neoliberal de Bolsonaro, sem o ônus de ter um radical no Planalto. E ACM Neto, hein? Corre à boca miúda que está em prantos com a escolha de Flávio Bolsonaro, já que sonhava com uma dobradinha na Bahia com o então governador de São Paulo. E agora, Neto? Vai manter o discurso “nem, nem”.

Flávio Bolsonaro é senador pelo Rio de Janeiro e ganhou notoriedade por ser filho de Bolsonaro e por escândalos como o da “rachadinha” – desvio irregular de parte dos salários dos funcionários do gabinete. Também figurou em polêmicas ao longo de sua carreira política e empresarial, como a compra de uma mansão de luxo por R$ 6 milhões e a condecoração do miliciano Adriano da Nóbrega na Assembleia Legislativa do Rio. Além da milagrosa loja de chocolates: em 2018, um relatório do Coaf revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual na Alerj.

A verdade é que Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, o mercado e a elite comem na mesma cozinha. No fim das contas, vão embalar o “zero um” – igual a chocolate – para tentar fortalecer o bolsonarismo e enfrentar Lula em 2026.
Nós não escolhemos adversários, e vamos derrotar outra vez a elite do atraso. O povo brasileiro não vai passar uma procuração ao filho do golpista para que conduza o Brasil ao abismo. Estamos vacinados contra esse mal, que nunca mais governará nosso país.
Que venha 2026! É Lula, outra vez.
Josias Gomes
Deputado Federal (PT/Bahia)
Vice-líder do PT na Câmara
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