Defenda o Brasil: Cultura é Raiz, Soberania não se Traduz!

Defenda o Brasil com o mesmo amor que Ariano Suassuna defendeu a nação brasileira

O Nordeste foi palco de duas grandes guerras: a primeira, na resistência contra os colonizadores; e a segunda, contra os seus descendentes – não somente portugueses, mas também holandeses, espanhóis, britânicos e norte-americanos, estes controlando além-mar, diretamente de Washington, D.C. Diante das lutas, o povo nordestino aprendeu, desde a gênese, a defender sua soberania. No vídeo, Ariano Suassuna expressa sua impressão sobre o tema com profundidade irradiante e acabamento perfeito. Cultura é raiz; o adorno pode ser multicolor. Soberania não se verbaliza em outro idioma.

Ariano Suassuna – que um dia será definitivamente lembrado em todo o Brasil com o mesmo valor de Homero, Camões, Cervantes e Shakespeare – não viveu para ver o maior ataque à Soberania Nacional do século XXI. Os descendentes dos tiranos que patrocinaram golpes com tanques, decretos e lawfare (guerra jurídica), agora, sem cerimônia, perpetram contra o Brasil uma guerra político-comercial. E, o mais afrontoso, querem arbitrar a Suprema Corte do nosso país. Cínicos como sempre, cobiçam o PIX, as terras raras, o nosso pão de cada dia e até a inegociável liberdade. Tudo sob o lema que se repete: “Deus, Pátria e Família”. É o fascismo com roupas coloridas, companheiro Suassuna.

A guerra, seja de qualquer natureza, é a pior invenção humana. Mas, por incrível que pareça, mesmo no caos, ela faz avançar as ciências, une um povo e aponta a direção para o recomeço. No Brasil de hoje, torna-se pedagógica ao fazer a maioria do país entender o verdadeiro sentido da Soberania Nacional – que vai do micro ao macro, dando vida ao Movimento Armorial defendido por Suassuna. Amiúde, como cantou outro nordestino e paraibano, Zé Ramalho, muitos começam a entender que “erudito é valorizar o que é popular e genuinamente nacional”.

Por séculos, tentaram incutir na mente dos brasileiros que somos vira-latas, subservientes aos estrangeiros. Exemplo maior é a família Bolsonaro e seu exército de lunáticos, que insistem nessa tese lesa-pátria. O pior é que eles ainda têm o apoio de setores reacionários da elite: são os mesmos descritos por Suassuna, que usurpam o país, mas juram ser portugueses, ingleses, franceses, italianos, alemães ou até estadunidenses. O Nordeste, que salvou o Brasil desses bárbaros, alerta a nação: mais do que nunca, é preciso derrotar o imperialismo estrangeiro.

“Querem transformar o Brasil nos EUA de segunda ordem. Eu não quero que o Brasil seja os Estados Unidos nem de primeira, quanto mais de segunda ordem. Eu quero que o Brasil seja um Brasil de primeira.” – Ariano Suassuna

Josias Gomes
Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara