Denise Cardoso, orgulho da agricultura familiar baiana e das mulheres rurais
A companheira Denise Cardoso tem uma história de vida que dialoga com o novo momento em que vivem as cidades do Sertão baiano, depois que a região semiárida passou a contar com políticas públicas dos governos do PT, tanto estadual quanto federal. Nossos governos trouxeram outro olhar para o cooperativismo, agricultura familiar e comunidades tradicionais, como Fundo de Pasto, Quilombolas e Indígenas, sempre na perspectiva de dar protagonismo às mulheres.
A Revista ISTOÉ Mulher contou um pouco da trajetória vitoriosa de Denise, a primeira mulher a presidir a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC). Os cooperados trabalham com o beneficiamento dos frutos da Caatinga, umbu e maracujá da Caatinga, e por meio da agroindústria produzem cervejas artesanais, geleias, doces, polpas, cachaça e licor. Todo esse belo trabalho conta com a organização de mais de cem mulheres e homens de comunidades tradicionais que, além de explorar as riquezas naturais oferecidas exclusivamente pelo Sertão, atuam na preservação do Bioma através do projeto AgroCaatinga, mantendo a sustentabilidade como um dos seus pilares.
Confira a matéria: https://mulher.istoe.com.br/presidente-da-central-da-caatinga-jovem-cria-modelo-de-sobrevivencia-no-sertao-baiano/
Percebam na matéria que a história de vida de Denise, filha de agricultores familiares da comunidade tradicional de Fundo de Pasto de Caladinho, desde cedo exigiu muito estudo, foco e organização coletiva de sua família e das comunidades tradicionais pertencentes aos municípios de Canudos, Uauá e Curaçá, berço da COOPERCUC. E qual seria a participação do Estado em toda esta trajetória vitoriosa dos cooperados? Os investimentos feitos pelo Governo da Bahia ajudaram a impulsionar as atividades da cooperativa.
Nos últimos anos, foram destinados R$ 4 milhões em investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), através dos projetos Pró-Semiárido e Bahia Produtiva, executados pela CAR. A cooperativa foi beneficiada com máquinas, equipamentos, assistência técnica e com a implantação de uma agroindústria. Esses recursos foram fundamentais para a Cooperativa se destacar no mercado nacional e internacional. Vale ressaltar também o apoio recebido pela COOPERCUC de entidades como o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), CRS, organização ligada à Igreja Católica, e Fundação Slow Food para a Biodiversidade.
Faz-se necessário citar o apoio estatal e de organizações não governamentais no sucesso e méritos de Denise e da Cooperativa, para que Projetos de convivência com a seca recebam a mesma atenção das agricultoras e agricultores familiares vinculados à COOPERCUC. Para disputar mercados altamente competitivos, não basta a vontade das comunidades tradicionais; o poder público e entidades da sociedade civil precisam oportunizar os meios necessários para que o povo, através do trabalho e desejo incessante de transformação da realidade, consiga alcançar êxitos em suas atividades.
Ao assumir a Presidência da Central da Caatinga, a companheira Denise leva consigo toda a bagagem vitoriosa a uma entidade que visa justamente conectar cooperativas da agricultura familiar no Semiárido brasileiro, para que possamos ter inúmeras COOPERCUC por todo o país. Nesta perspectiva, os governos Lula e Jerônimo contribuem com projetos desta natureza ao realizarem investimentos bilionários na Agricultura Familiar, inclusive com políticas públicas específicas para as mulheres rurais.
Em entrevista ao Brasil de Fato Bahia, Denise sintetizou a dimensão deste projeto que começou como um sonho das mulheres rurais sertanejas e ganhou dimensão internacional, já que os produtos da COOPERCUC chegaram a outros países:
“Olha, a COOPERCUC nasce muito da necessidade, da vontade dos agricultores, principalmente, das agricultoras que começaram, nas suas cozinhas, a transformar o umbu em um produto que poderia ser consumido por mais tempo, porque a safra do umbu é curta. Então, tudo isso era parte de um processo de construção social que estava sendo feito. E, aos pouquinhos, foi se fortalecendo. Com a criação da COOPERCUC, em 2004, a gente sempre foi desde o início uma maioria de mulheres”.
“Hoje mais de 70% das cooperadas são mulheres, e a gente tem uma relação muito forte em torno desse beneficiamento, em torno da valorização da caatinga. Então, todo o trabalho de transformar o umbu em geleia, em doce, em ver esse produto sendo exportado, em ver esse produto sendo levado pros grandes centros, em ver as nossas crianças se alimentando desse produto nas escolas e chegar em casa, contar pra mãe e pro pai que se alimentou da geleia que foi feita a partir da fruta que é coletada por essas agricultoras traduz pra gente toda uma relação importantíssima do trabalho feminino, do trabalho organizado através da cooperativa.”. Concluiu a presidenta da Central da Caatinga, Denise Cardoso.
Parabéns, companheira Denise! Acompanho a sua trajetória de perto e sei o quanto você lutou para alcançar o sucesso, e o mais bonito de tudo, é que o seu sucesso vem acompanhado por uma grande causa: transformar a realidade das comunidades tradicionais do semiárido baiano e brasileiro.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-Líder do PT na Câmara
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