Elogio da Loucura
Nem Erasmo de Rotterdam, sábio humanista e teólogo que escreveu o clássico livro Elogio da Loucura, satirizando a sociedade dos séculos XV e XVI, seria capaz, ainda que metaforicamente, de definir o que se passa na loucura de um homem rancoroso e emburrecido como Bolsonaro.
Somente um fanático atormentado, onde a adoração a um exército de mercenários chegou ao limite da crueldade, pode propor ‘comemorações devidas’ do golpe de 64.
Não fico surpreso com a mentalidade nazista de Bolsonaro.
Este sujeito teve a audácia de homenagear e tem como ídolo o torturador-assassino Carlos Alberto Brilhante Ustra. Um ser da pior espécie que comandou esquadrões da morte e mergulhou fundo no esgoto dos porões da Ditadura. Desse tipo de gente não podemos esperar atitudes humanas.
Confesso que a minha única surpresa é ver BozoNazi insistir no caminho da imoralidade, assim como a loucura enfrenta a razão.
No tempo presente, uma pessoa, ainda que ruim, no posto de presidente da República, guardaria para si a veneração ao terror. Mas não, este milico rancoroso faz questão de vangloriar o pesadelo do seu próprio povo.
Depois de se aposentar aos 33 anos de idade, Jair Mentira se promoveu na política sendo o bobo da corte e babando os coturnos dos militares.
O Capitão Bobagem voltou ao seu mundinho militaresco fantasiado de Deputado Federal, posição a qual nunca cumpriu dignamente. Agora posa de presidente da República, porém não esquece a origem subserviente!
O BolsoMico defende uma ditadura que somente deu certo no seu juízo destrambelhado. Este período torturante deixou um legado maldito: a dívida externa galopou de US$ 3,3 bilhões em 1964 para US$ 105,171 bilhões em 1984; a inflação saiu de 85% para 178%; a corrupção cresceu a níveis alarmantes, com obras superfaturadas e sem fiscalização; a imprensa foi censurada e a liberdade de expressão foi cassada; os direitos humanos e sindicatos silenciados e o congresso fechou.
A ditadura jogou o Brasil em uma das maiores desigualdades sociais do globo terrestre e gerou uma casta de corruptos, onde muitos deles se perpetuam no poder.
O fato mais dolorido: uma geração de brasileiros foi dizimada. Segundo levantamento da Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram durante o período – somente 33 corpos foram localizados.
O escárnio de homenagear o golpe de 64 é um novo tiro de fuzil no peito do povo e da história brasileira. Quando o mundo inteiro repudia e pede perdão por tais crimes contra a humanidade, o Capitão Bobagem patrocina uma afronta à nossa democracia, ao povo brasileiro e principalmente à memória dos que morreram pelas mãos do Estado repressor.
Resta dizer que já derrotamos a ditadura civil-militar orquestrada pelos EUA, eternos ceifadores de democracias. E derrotaremos este novo golpe com ‘EUA, Supremo, burguesia nacional, Globo, STF e com tudo’. Na luta e com coragem derrotaremos os filhotes de neonazistas.
Se eles querem escuridão, seremos o sol invicto. A loucura não pode prevalecer sob a racionalidade.
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