Filme Marighella continua censurado!
Governos ditatoriais iguais ao do capitão aloucado, Jair Bolsonaro, veneram mais a censura do que um artista admira a sua arte.
Os ditadores temem mais as ideias do que balas antifascistas!
Em suas mentes vazias acreditam na censura como arma para poder barrar a liberdade de expressão, detentora da rebeldia revolucionária.
Na Ditadura miliciana, o primeiro ataque é justamente o econômico. Destruíram o Ministério da Cultura e aparelharam a ANCINE com cães raivosos incapazes de compreender que a arte é um pássaro livre. Por mais que a sufoque ela se reinventa em meio às trevas reacionárias.
Mesmo diante das comemorações de Democracia em Vertigem, indicado ao concorridíssimo Oscar, do outro lado da tela temos obras incríveis sendo perseguidas nos porões da ignorância Bolsonarista.
Um dos casos mais emblemáticos é o filme do baiano Wagner Moura, que conta a vida do político, guerrilheiro, e poeta Carlos Marighella, inimigo número um da Ditadura Militar.
O filme de Wagner Moura estreou em fevereiro de 2019 no Festival de Berlim. A obra foi aclamada pela crítica especializada.
Se vivêssemos em um governo democrático, o filme estrearia no Brasil em 20 de fevereiro do ano passado – uma homenagem ao Dia da Consciência Negra.
No entanto, a censura dos brutos travou a verba de R$ 1,72 milhão da produtora. O longa brasileiro produzido pela O2 foi impedido de ser exibido no Brasil até o presente momento.
Wagner Moura sempre foi um ator pensante, que se posiciona nas trincheiras democráticas.
Marighella certamente teria grande orgulho em ser homenageado por um artista que luta pelo que acredita com tamanha coragem.
Sem medo de represálias da Aliança do Mal, o diretor e ator baiano denuncia a censura no Brasil: “Como grande empresa, a O2 não pode chegar e dizer que a Ancine censurou o filme. Mas eu posso. Sustento o que já disse. É uma censura diferente, mas é censura, que usa instrumentos burocráticos para dificultar produções das quais o governo discorda”.
Wagner sustenta a sua fala e afirma com convicção: “Não tenho a menor dúvida de que Marighella não estreou ainda por uma questão política”.
Eu sei bem o ódio que o adorador do Ustra tem dos artistas, intelectuais, estudantes e libertários.
Desde os tempos de chumbo essa gente não nos suporta e se pudessem, como o próprio Bolsonaro já falou: “Teria matado muito mais. A ditadura matou pouco”.
É muito triste dizer que tudo aquilo que um dia Marighella lutou está sob forte ameaça.
Diante de tais circunstâncias, a maior homenagem que podemos fazer ao herói baiano é derrotar Bolsonaro. Marighella vive em mim, em ti, no Brasil que não aceita a estúpida ditadura da burrice.
Não temos tempo para temer!
Josias Gomes – Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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