Moa do Sindicato: presente!
A perda de um ente querido sempre será um momento marcante em nossas vidas, seja pela tristeza da perda, pelo que a pessoa significou para muitos, ou por seu legado. Enfim, a morte sempre nos conduz à reflexões sobre a existência humana.
O nosso ciclo biológico envolve vários estágios: vai do nascimento, passando pela infância, adolescência, juventude, fase adulta e o que hoje se convencionou chamar de melhor idade.
Entre o nascer e morrer, são tantos episódios, emoções que marcam nossas existências, uns engraçados, outros que nos marcam para sempre, há ainda aqueles que são fundadores de nossa personalidade e caráter. Todos nestes momentos vão passando como uma revista quando passamos as páginas.
Pois bem, hoje estou a me lembrar do amigo Moa do Sindicato, figura singular, jeito sempre afável, de riso facílimo, muito paciente com as pessoas e muito disposto a ouvi-las.
Foi um exemplo de dignidade humana. Eu gostava muito de conversar com ele, ouvir suas opiniões, ele me tinha em alta conta e eu também a ele.
A morte de Moa nos faz lembrar grandes homens e mulheres amarajienses, que já não o estão entre nós e que iguais a ele nos fazem muita falta. Estes conterrâneos, para sempre, fazem parte do que sou como ser humano.
Quem não se lembra de Maria de Tapuia, dona Nieta, dona Dapaz, de Seu Gode, Dr. Plinio, Mingo, Zé de Zuza, Ciço Formigão, de seu Beca, de Rio Branco, Biu Balé, de Zuza. E me perdoem os familiares de tantos outros conterrâneos que poderiam ser citados aqui e por questão de espaço deixei de fazer, mas todos são sempre lembrados nessas horas.
Moa junto com sua amada Maria de Lourdes, nossa sempre Dona Lourdes, construiu uma família maravilhosa, são seis filhos, onze netos e três bisnetos, estes sempre foram a razão maior de sua vida. Isto sem contar que minha sobrinha Letícia também faz parte desta família, afinal dona Lourdes lhe dedica um carinho maternal.
Moa nasceu no Engenho Manhoso e com as dificuldades que sua condição social impunha, foi buscando os meios de ascender socialmente e profissionalmente. Conseguiu sendo uma prova eloqüente de que a persistência, a força de vontade e o idealismo sempre fazem os caminhos mais difíceis serem transpostos, vencidos afinal.
Moa, você é madeira que cupim nunca roeu e por isso foi exemplo pra sua família e seus inúmeros admiradores e amigos.
Minhas condolências aos familiares e amigos, sua perda deixa uma enorme lacuna entre os fundadores de uma Amaraji sempre humanista.
Por força desta pandemia e de um governo federal absolutamente irresponsável, que não cuidou das pessoas, negou a importância da vacina e por isto temos hoje mais de 450 mil mortos em nosso país, não vou poder estar aí pra acompanhar esta última homenagem, mas Rubinha me representa.
Entre nós da esquerda, quando perdemos um companheiro, a praxe é alguém citar o nome do companheiro e todos os presentes responder PRESENTE.
Vou tomar a liberdade de concluir dessa forma:
MOA DO SINDICATO PRESENTE!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). #luto
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