Momentos de luta e reflexão!
Meus companheiros e companheiras. São momentos de luta e reflexão. Em tempos guerra, somos alvejados por ações egoístas; sabemos o quanto as “canetadas” matam mais do que balas. Ao longo dos anos de militância e por ser de origem humilde, sei bem onde o calo aperta em momentos dramáticos.
A lógica perversa do mundo nos levou às cordas do ringue. E parece que estamos em combate contra o Muhammad Ali. Os constantes ataques ao Estado multiplicaram agências bancárias e destruíram os centros de pesquisa.
Priorizaram os planos de saúde impagáveis e sequestraram nossos leitos de hospitais. A sede de concentração de riqueza alargou os latifúndios e nos tiram a comida. Temos empresários bilionários atacando nossos direitos e empregos formais. Fizeram da educação uma ração diária de ópio, programaram parte de uma geração para defender os seus próprios algozes.
A grande mídia enredou esta narrativa golpista como quem controla o tempo dos comerciais.
Setores da justiça chancelaram o xeque-mate no povo e na democracia. Portanto, meus amigos e amigas, sei bem a dor de vocês.
E não existe palavra que conforte chefes de famílias mandados embora com a desculpa mais cruel. Não tem dor maior do que a fome. As vozes das bocas famintas de tudo é a nossa maior heresia enquanto país!
É inexplicável vivermos em um Brasil tão rico e que produz tanta miséria.
É terrível ser órfão do Estado no país que tem todas as condições de agir como uma mãe.
Confesso, são muitos golpes nas dores da gente. Mas tenho o dever de dizer: é o Brasil que depende de nós. Está mais do que provado que sem o povo não existe economia, não há produção de riqueza. Não tem banquete, onde os ricos comem de tudo e aos pobres restam a migalhas, quando sobra.
Vamos virar a mesa! O verdadeiro Brasil somos nós.
Mesmo diante das pandemias virais e econômicas tenho esperança. Eu acredito nesta solidariedade popular que nos abraçou em meio à guerra.
E aqui, extraímos a lição. Temos os versos proféticos da mestra Conceição Evaristo: “Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”.
Nós decidimos viver. E viver é diferente de sobreviver. A nossa escolha precisa ser completa.
Decidimos que não abrimos mão de um Estado forte e que trabalhe direcionado para atender as demandas reais e inegociáveis da maioria dos brasileiros.
Exigimos o fortalecimento do SUS, da educação/ciência, a reforma agrária inadiável. Exigimos repatriar todos os direitos trabalhistas e previdenciários usurpados pelos inimigos de guerra.
Exigimos reforma tributária justa! Os ricos precisam pagar a conta de fato: não apenas os “10%”. É inadiável quebrar os monopólios da grande mídia, que leva o povo para o abismo. Programas Sociais devem ser clausulas pétreas da Constituição até zeramos a miséria.
É preciso que o Brasil ouse ser a nação dos brasileiros. A esquerda necessita usar o seu pulso forte.
Se não for agora, quando seremos livres?!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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