Nordeste, Terra de História e Orgulho
O Nordeste, com sua alma tecida em lutas e vitórias, mais uma vez demonstra ser a espinha dorsal de um Brasil que pulsa, pensa e cria. Na 15ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), os jovens nordestinos, com brilho nos olhos e força nas mãos, ergueram a bandeira do conhecimento e conquistaram a maior parte das medalhas. Destaque para o Ceará, com 18 condecorações, seguido por Pernambuco e Bahia, reafirmando que o saber é tão fértil quanto a terra que planta sonhos.
Enquanto o palco da premiação era a Unicamp, no coração de São Paulo, o protagonismo era todo do Nordeste. Uma ironia geográfica que ecoa mais fundo: no mapa do mérito, os ventos sopram do lado de cá. E o Sul? Ausente no pódio. Essa ausência talvez explique o desconforto histórico de algumas regiões com o que o Nordeste representa — resistência, poder transformador e reconhecimento que não se curva ao preconceito.
Essa mesma resistência ajuda a entender o fenômeno Lula, nordestino raiz, amado por uns e incompreendido por outros. O descompasso político e social entre as regiões do Brasil reflete-se não apenas nas urnas, mas também na forma como se enxerga a cultura e o saber que brotam das terras nordestinas. Há quem prefira narrativas estéreis às histórias vivas de um povo que transforma desafios em conquistas com criatividade e luta.
A ONHB não é só uma competição, mas um espelho de quem somos. Com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da ANPUH, a olimpíada carrega o propósito de fazer com que estudantes mergulhem na história do Brasil e reconheçam os fios que tecem nossa identidade. Os números impressionam: 120 mil participantes, recorde absoluto, com o Nordeste ocupando o centro do tablado com mérito e orgulho.
Juana Nunes, representante do MCTI, sintetizou bem: é emocionante ver o crescente interesse dos jovens pela ciência e pela história. Não é à toa que esse interesse floresce aqui, no Nordeste, terra que nunca esqueceu suas raízes, mas também nunca parou de sonhar com o futuro.
O Brasil é múltiplo, mas o Nordeste é singular. Não há como ignorar o impacto das vitórias nordestinas na construção de um país mais justo e conectado com suas próprias narrativas. O orgulho de ser nordestino não é apenas uma declaração, mas um grito de resistência e celebração.
Que fiquem as medalhas, troféus e honrarias como testemunhas: o Nordeste não apenas faz história; ele é história. Enquanto o restante do país luta para compreender isso, seguimos celebrando o que nos torna grandes — a coragem de sermos quem somos.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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