O clássico dos vencidos
A Casa Grande e os Bolsonaristas se prepararam para o segundo jogo da final, o campeonato de mata-mata entre os times dos infames. O primeiro jogo aconteceu com o depoimento de Sérgio Moro na PF de Curitiba no último sábado. Depois de 8h de depoimento, a Casa Grande considerava o campeonato vencido. Na segunda partida decisiva, nesta segunda-feira (5), com o regulamento debaixo do braço (provas), os Moristas esperavam que o seu camisa 10 Sérgio Moro, encaçapasse chuva gols contra o time Bolsonarista- de esquema tático mais do que óbvio-.
Podemos dizer que o resultado da segunda partida ficou no murcho 1-1. Segundo o “regulamento do campeonato”, teremos um terceiro jogo. A Casa Grande sai frustrada por não ver seu “craque” brilhar. Estavam preparados com morteiros e cobertura ao vivo para celebrar a desfaçatez escancarada do pseudo-herói ! Reza a lenda que títulos de manchetes foram deletados aos montes na mídia pelega. Analogias à parte, fica claro que a Grande Mídia dá crédito a Moro como se ele fosse o camisa 10 da anticorrupção, o redentor da Pátria combalida. Mas Moro provou, outra vez, que não passa de ex-integrante da Familícia. Jogador amarrado a contrato, não pode marcar gols contra o seu ex-time.
Dito isto, não estamos afirmando que as acusações de Moro contra Bolsonaro não sejam graves. Elas são óbvias, e vem sendo denunciadas há muito tempo pela esquerda. O ex-juiz citou exemplo: ‘Moro você tem 27 Superintendências (PF), eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro’. Temos aqui clara tentativa de neutralizar o trabalho dos federais sob o Clã Bolsonarista. O que de fato se confirmou no dia de ontem, Bolsonaro removeu o superintendente Ricardo Saadi do RJ e colocou alguém da sua “confiança”. Temos nítido tráfico de influência do presidente na PF. Nos períodos democráticos da era petista, a PF tinha total autonomia de ação como deve ser.
A Casa Grande esperava atuação de gala do ex-juiz, provas robustas contra a máfia de Bolsonaro: além da conhecida interferência na PF; Caso Marielle, Queiroz, esquemas dos filhotes, Fake News, compra de votos na reforma previdência e 1001 crimes que Moro sabe. O show parecia certo, diante de vasto arsenal possível. Estamos diante do “magistrado” que condenou o Lula por convicção.
Por que Moro foi tão comedido em seu depoimento? Apresentou tão pouca prova material diante de tantas possibilidades? É batata! A imensa maioria das provas que Moro tem contra Bolsonaro o envolve como cúmplice! “Moro é Bolsonaro, Bolsonaro é Mouro” e os dois são irmãos gêmeos do golpe! Moro não poderia se auto-incriminar. Como fez em coletiva de imprensa ao ser chutado do desgoverno!
O depoimento de Moro foi muito bom para o time dos verdadeiros democratas e pessoas honestas do país. Revela que Moro é uma farsa! Se existia alguma dúvida, cai a última máscara. A própria Grande Mídia batizou o depoimento de: “a montanha pariu um rato”. Os mais avisados sabiam que Moro não poderia simplesmente se despir da própria imagem e semelhança.
A cereja do bolo do fraco depoimento do Marreco foi a confissão da autenticidade das mensagens publicadas pelo Intercept: “o Declarante esclarece que tem só algumas mensagens trocadas com o Presidente, e mesmo com outras pessoas, já que teve em 2019, suas mensagens interceptadas ilegalmente por hackers, motivo pelo qual passou apagá-las periodicamente”. Diante da confissão do ex-Super-ministro, toda tramoia da Lava Jato para prender Lula cai por terra. Lula é inocente, Moro e a sua gangue são criminosos.
Não será Moro a jogar pá de cal no Miliciano! Ele não é suicida. Cabe as forças populares e as instituições cumprir o papel de vencer estes dois inimigos do Brasil. Ontem foi o dia do Clássico dos vencidos, é questão de tempo. Tic-Tac.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Se concorda, compartilhe!
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