O genocídio no estilo bozo!

O genocídio no estilo bozo!

Genocídio é o extermínio em massa motivado por diferenças étnicas, raciais, religiosas, nacionais e, muitas vezes, sociopolíticas. No caso do Brasil, o que ocorre na guerra contra a pandemia e os crimes praticados por Bolsonaro, não pode existir uma outra definição que não seja genocídio.

Estudos apontam que a maioria das vítimas fatais de covid-19 são pretos e pobres. Pessoas sem escolaridade tiveram número de mortes três vezes superiores, em torno de 71,3% contra pessoas com nível superior na faixa de 22,5%. Quando a pessoa tem baixa escolaridade, é preta ou parda, a taxa de morte atinge 80,35% contra 19,65% dos brancos com formação superior, de acordo com o Departamento de Engenharia Industrial do CTC/PUC-Rio. Ou seja, Bolsonaro sabe quem são as maiores vítimas do coronavírus e não se importa com a morte dessas pessoas.

Quando analisamos os dados acima, entendemos porque Bolsonaro se preocupou em liberar um trilhão para bancos, mas não se preocupou com as pessoas em situação de rua e situações extremas. Entendemos o motivo dele querer aprovar apenas R$ 200,00 no Auxílio Emergencial. Fica claro as benesses das grandes empresas enquanto as pequenas empresas caíram em miséria. Passado a primeira fase da guerra contra o coronavírus, enfrentamos a segunda onda da pandemia e o país sequer tem um plano de vacinação. A Besta Fera acha pouco tanta incompetência, instinto predador e segue envenenando seu gado contra a vacina.

Diante deste massacre que já destruiu quase 190 mil vidas, não seria imaginação acreditar que Bolsonaro intervisse para piorar a situação. O sociopata tem em mente cortar 100% do Auxilio Emergencial a partir de 2021 e ampliar o massacre contra o povo preto e pobre do Brasil. Para se ter uma ideia do quanto esta medida desumana impacta na vida das famílias, reparem nos dados da Pesquisa Datafolha: o Auxílio emergencial é a única renda de 36% dos que receberam o benefício. Retirar o benefício destas milhões de pessoas é condená-las a morte. Quem não morrer de coronavírus, morrerá de fome e abandono.

O desastre humanitário acompanha a quebradeira econômica. As famílias de uma maneira geral vêm reduzindo consumo de todos os setores, caso ainda mais sintomático em beneficiários do Auxílio. O que tem dado os últimos suspiros da economia brasileira é justamente os R$ 322 bilhões da renda emergencial que se encerram agora em dezembro. Retirar este investimento da economia já a partir de janeiro de 2021 seria o sepultamento do país que já se encontra na UTI.

Não podemos permitir que o genocídio de Jair Bolsonaro continue matando milhares de pessoas e cause retrocessos socioeconômicos insuperáveis. O miliciano tem mais de 50 pedidos de impedimento e precisamos exigir dos poderes que afastem imediatamente o sociopata. Não podemos nos acovardar diante do massacre do povo brasileiro.

O tempo urge!

Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

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