PF deflagra operação contra espionagem ilegal da Abin durante o governo Bolsonaro
Gravíssimo! A operação “Vigilância Aproximada” realizada pela Polícia Federal, que age contra agentes da Abin suspeitos de monitorar ilegalmente adversários de Bolsonaro, revela o projeto de poder obscuro encabeçado pelo ex-presidente da República. A PF estima que 30 mil cidadãos brasileiros tenham sido monitorados, entre eles políticos, lideranças e autoridades.
Espionar cidadãos e adversários à margem da lei é típico de regimes autoritários e de líderes de passado sujo que se utilizam de mecanismos do Estado para investir contra opositores. Bolsonaro supostamente montou o gabinete do ódio dentro da Agência Brasileira de Inteligência. Pior, segundo as investigações, o monitoramento era feito com o software israelense FirstMile – e, por conta disso, os dados eram armazenados em nuvens fora do país (Israel).
O Deputado federal Alexandre Ramagem, ex-comandante da Abin na gestão Bolsonaro, é um dos alvos das investigações da Polícia Federal. Segundo o Diretor-geral da PF, Andrei Passos, o software FirstMile permite o rastreio de dados de GPS com a invasão de aparelhos, para além do monitoramento de antena. “Ou seja, há monitoramento telefônico de sinais que apontam a localização exata que essas pessoas estão”, explica. Com o cruzamento dessas informações, por exemplo, os dados mostram quais pessoas monitoradas se encontraram e em quais circunstâncias.
De acordo com informações da PF, entre as autoridades espionadas estão os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (União Brasil) e o atual ministro da Educação, à época governador do Ceará, Camilo Santana (PT).
Tudo aponta que Bolsonaro queria ter informações privilegiadas, primeiro para se blindar e agir contra possíveis retaliações contra si, familiares e comparsas. Ele mesmo declarou que não iria esperar “ferrar” um deles para poder tomar providências; inclusive, se fosse necessário, trocaria até ministro para impedir uma investida contra bolsonaristas. Segundo ponto, de posse de informações sigilosas das pessoas mais poderosas do país, poderia chantageá-las no momento exato. A Gestapo fez escola na Extrema Direita!
A operação “Vigilância Aproximada” é um aperitivo para o apetite ditatorial que Bolsonaro nunca escondeu ter. Ele próprio acredita que a ditadura “matou pouco”. Todo esse enredo para se manter no poder a qualquer custo desagua no atentado aos Três Poderes com a tentativa de golpe em 01 de janeiro de 2023. Precisamos passar a limpo o desgoverno Bolsonaro e levar à justiça cada um que atentou contra a Democracia. O Brasil tem a oportunidade de, pela primeira vez na História, colocar os golpistas nos seus devidos lugares.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia, Vice-Líder do PT na Câmara
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