Política da morte com os agrotóxicos
Em todas culturas civilizadas, a alimentação é uma coisa sagrada.
O desgoverno Bolsonaro não pensa assim, segue o rito da morte, libera agrotóxicos e contamina os alimentos com pesticidas cancerígenos.
A política genocida de Bozo tem forte influência na bancada ruralista, que pensa em faturar cada vez mais, mesmo que condene a vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.
Para atingir os objetivos, o Agronegócio mantém relação política com vários parlamentares, que defendem os interesses deste setor na aprovação de leis e tutelas que beneficiem a sua base e, para tal, promovem uma verdadeira cruzada contra o meio-ambiente, as populações indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais.
O estrago provocado por este modelo de produção desumana desemboca no nosso mercado exterior. O uso intensivo de agrotóxico coloca os nossos produtos com uma alta taxa de rejeição internacional.
Para se ter uma ideia, 30% de todos os agrotóxicos permitidos no Brasil são proibidos na União Europeia. Além disso, dois dos produtos tóxicos mais vendidos no Brasil são banidos na UE.
A Rússia, 5º maior comprador de soja do Brasil, já pediu explicações ao governo Bolsonarista.
Os russos detectaram glifosato acima do tolerado, agrotóxico classificado como potencialmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer.
Segundo o próprio secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal, o governo tem até duas semanas para prestar esclarecimentos. Não tardará e China, Espanha, Holanda, Irã – para ficar somente no G5 dos países compradores – irão bater na porta do Ministério da Agricultura para exigir explicações.
Os reflexos deste apocalipse agroindustrial não têm limites.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no período entre 2014 e 2017, alertam que uma em cada quatro cidades brasileiras tem sua água contaminada por agrotóxicos.
A contaminação seria proveniente de 27 agrotóxicos diferentes. Desde que o capitão Killer assumiu a presidência, 152 novos agrotóxicos já foram aprovados. Esta sanha por pesticida agravou o quadro das cidades atingidas por águas contaminadas nas cidades de todo o Brasil.
Como secretário de Desenvolvimento Rural e engenheiro agrônomo, fico espantado com os rumos do Brasil em uma área tão estratégica para a sociedade e o país.
Precisamos fazer uma corrente com todos os setores da sociedade e barrar esta verdadeira política da morte.
A vida humana e o meio ambiente não tem preço, é inegociável.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Ba licenciado e atualmente Secretário de Desenvolvimento Rural (SDR).
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