Secretário Josias Gomes e major Denice Santiago participam de evento comemorativo ao Dia Internacional da Mulher

Também estiveram presentes a coordenadora da Bahiater, Célia Watanabe, a coordenadora de Desenvolvimento Agrário (CDA), Camila Batista, e a chefe de gabinete da Secretaria de Política para Mulheres (SPM), Daniele Costa

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, foi realizada, nesta segunda-feira (09), uma Roda de Conversa sobre Sororidade e Violência Contra as Mulheres, no Centro de Treinamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em Itapuã.

O evento, promovido pela SDR, reuniu gestores, técnicos e colaboradores da secretaria e foi aberto pelo secretário Josias Gomes, que destacou que é preciso recorrer à história para entender o porquê desse dia, que é dedicado às centenas de operárias que morreram queimadas por policiais em uma fábrica têxtil de Nova York (EUA), quando reivindicavam a redução da jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade: “É preciso lembrar do quanto as mulheres lutaram e conquistaram até aqui para que continuem na luta pelos seus direitos”, afirmou Josias Gomes.

A major Denice Santiago, comandante da Ronda Maria da Penha da Polícia Militar (PM) da Bahia, foi a palestrante convidada do evento. Ela destacou que palestrar na SDR é um enorme prazer, pois foi a secretaria que deu início ao Ciranda Rural, projeto que vem levando informações para toda a Bahia sobre o enfrentamento da violência contra a mulher rural.

“Somos feitos de pedacinhos umas das outras. Precisamos entender que, quando eu cuidar de mim, estou cuidando de você mulher, quanto mais forte eu estiver, você vai estar. Meu pedaço vive em você. Nós mulheres, precisamos entender que quando uma mulher brilha as outras brilham também”, destacou a major Denice.

A SDR tem dedicado atenção especial à mulher rural, ampliando e integrando as políticas públicas direcionadas às mulheres do campo, por meio de suas unidades. É o caso da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), que vem oferecendo uma assistência técnica e extensão rural (Ater) diferenciada, específica para as mulheres agricultoras como, por exemplo, um edital de Ater Mulheres, que beneficiará 5.400 mulheres rurais.

A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), por intermédio do projeto Bahia Produtiva, desenvolve um trabalho com cotas para a participação das mulheres no associativismo, à frente de cooperativas, dando visibilidade à presença efetiva das mulheres nesses empreendimentos e ações que vêm fortalecendo e levando as mulheres agricultoras a um processo de empoderamento individual e coletivo.

Já o Pró-Semiárido possui algumas diretrizes e princípios, em suas ações, para a participação de mulheres em todos os cargos e diretrizes das associações que são conveniadas pelo projeto.

Para a assessora de gênero e responsável pelas relações étnicos, raciais e geracionais do Pró-Semiárido, Ana Elisabete Siqueira, as ações da SDR e da CAR são para incluir essas mulheres nas atividades produtivas, não só reprodutivas.

“As mulheres rurais ainda estão muito envolvidas, mas não estão visíveis na produção. Elas estão no manejo animal, nos quintais agroecológicos, bordam, produzem artesanato nas unidades de beneficiamento, assumem as associações e vão para as cooperativas. Porém, ao enfrentar esses desafios e os espaços públicos, elas não deixam de assumir os espaços privados, então, as atividades continuam sobre elas, que ficam com muita sobrecarga. Essa é uma questão que no processo de formação que estamos fazendo leve essas mulheres, não só a participar efetivamente das ações, mas decidir, gerir e também se apropriar dos recursos gerados pelos os investimentos do Governo do Estado”, argumenta Elisabete Siqueira.