Taxar os super ricos é fundamental para o Brasil se tornar um país mais justo e de bem-estar social
Zeca Dirceu (PT), líder do PT na Câmara externou o pensamento da nossa bancada petista a respeito da taxação das grandes fortunas. Inclusive, este tema entrou em pauta na reunião com o Ministro da Fazenda Fernando Haddad. O Brasil não pode figurar entre os países mais desiguais do mundo e se dar ao luxo de não taxar os super ricos.
O primeiro mito que precisamos descontruir sobre taxar as grandes fortunas é da falta de apoio da sociedade. Em pesquisa realizada pelo DataSenado divulgada em 2020, aponta que 62% da população é favorável taxar as grandes fortunas. O grande empecilho para materializar esta medida – que existe na maioria dos países – é o poder que os bilionários exercem na grande mídia e setores da própria política. O dado concreto é que a maioria do país exige mudanças frente tamanha injustiça tributária.
A nossa base parlamentar e a maioria do congresso até aceita a adiar a taxação de milionários, mas não abre mão de taxar os suepr ricos. Observe se isto tem cabimento: 5 bilionários brasileiros acumulam fortuna equivalente a toda população mais pobre do Brasil. É como se existissem 2 países num mesmo Brasil. Tem um agravante, os mais pobres, proporcionalmente, pagam mais impostos, o que consome boa parte de suas rendas. Na outra ponta, os super ricos querem continuar com riqueza extremamente concentrada sem contribuir devidamente para ajudar financiar o Estado que promove ações que beneficiam diretamente os bilionários.
Em julho deste ano, a CUT divulgou nota, “UM PASSO RUMO A JUSTIÇA TRIBUTÁRIA!”, onde aponta a injusta carga tributária no Brasil: “A carga tributária relativa aos impostos indiretos, cobrados no consumo de produtos e serviços paga pelos 10% mais pobres chega a 23,4% da sua renda bruta, enquanto que para os 10% mais ricos essa participação é de 8,6%. Essa participação melhora nos impostos diretos (imposto renda, herança, IPTU, entre outros), mas o resultado final, somando impostos direitos e indiretos, é uma carga tributária 6 pontos percentuais mais alta para os mais pobres do que para os mais ricos”.
Não faz sentido os mais pobres pagarem muito mais imposto do que os bilionários. Para o Brasil superar a pobreza, consolidar um estado de bem-estar social, encontrar o equilibro na taxação de impostos dos magnatas é urgente. Inclusive, vários bilionários de outras nações, no auge da pandemia, fizeram movimento neste sentido, dos mais ricos contribuírem mais, nenhum brasileiro assinou o documento, prova de que não estão dispostos a abrir mão de privilégios que se estendem por séculos basicamente entre as mesmas famílias.
Vamos aprofundar o debate na Câmara, mas desde já, a sociedade precisa apoiar esta causa, demos provas de que quando lutamos unidos, alcançamos vitórias expressivas.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-Líder do PT na Câmara
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