
Um Grito Pela Paz: O Mundo Precisa ouvir Lula.
Estive atento ao discurso do presidente Lula na abertura da 17ª Cúpula dos BRICS, realizada no Rio de Janeiro, e posso afirmar com convicção: o mundo ouviu e o Brasil voltou a falar com autoridade moral, política e ética. Em tempos sombrios, quando a guerra parece ser tratada como política de Estado por algumas potências, Lula ergueu a voz em nome da paz, da justiça e da maioria da humanidade.
Com palavras firmes, disse o que muitos pensam, mas poucos têm coragem de afirmar: a ONU, aos 80 anos, está paralisada, incapaz de evitar massacres, genocídios e o avanço da lógica bélica. O Conselho de Segurança com sua estrutura anacrônica segue dominado por poucos e cego diante das tragédias que se abatem sobre os povos da Palestina, da Ucrânia, do Iêmen, do Sudão e de tantas outras regiões.
Lula defendeu a reforma profunda dessa governança internacional, propondo mais vozes da Ásia, da África, da América Latina e do Caribe. Falou como um líder global que conhece o sofrimento do povo e entende que sem representatividade real não haverá paz duradoura. E disse mais: “É mais fácil investir na guerra do que na paz”. Essa frase simples e dura revela a perversidade do sistema atual. Enquanto a OTAN se prepara para gastar 5% do PIB em armamentos, promessas antigas de 0,7% para o desenvolvimento sustentável seguem no papel.
Ao condenar o genocídio praticado contra o povo palestino e defender a criação de um Estado da Palestina com base nas fronteiras de 1967, Lula não apenas reafirmou a tradição diplomática brasileira de defesa do direito internacional — ele apontou o caminho para que a paz volte a ser possível. Ao criticar a perda de credibilidade da Agência Internacional de Energia Atômica, expôs o perigo de dois pesos e duas medidas diante da ameaça nuclear que paira novamente sobre o mundo.
Entre os momentos mais simbólicos de sua fala, Lula fez referência direta ao Movimento dos Países Não Alinhados, surgido na década de 1950 como articulação dos países do Sul em plena Guerra Fria, que buscava autonomia frente às pressões das superpotências. Ao evocar esse legado, Lula reconecta os BRICS a uma tradição histórica de resistência e soberania, atualizando seus ideais para os desafios do século XXI. O Sul Global volta a se articular — não como coadjuvante, mas como protagonista de uma nova ordem multipolar
Como deputado federal, militante do Partido dos Trabalhadores e brasileiro comprometido com um projeto de país soberano, justo e solidário, senti orgulho. Lula não fala apenas em nome do Brasil, mas em nome de um mundo cansado das guerras fabricadas, das desigualdades impostas e das tragédias naturais que poderiam ser evitadas com cooperação e responsabilidade.
O BRICS, agora ampliado, não é apenas um bloco econômico. É uma plataforma política que pode resgatar a ideia de um mundo multipolar, onde a dignidade humana seja prioridade. Lula mostrou mais uma vez que liderança se exerce com coragem. E coragem, hoje, é defender a paz quando tantos lucram com a guerra.
O Brasil voltou. E com Lula à frente, voltou do lado certo da história.
Josias Gomes
Deputado Federal (PT/Bahia)
Vice‑líder do PT na Câmara
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