“Viver Para Contar”: Democracia Sempre!
É sexta-feira 13! Dia de exaltar o nosso orgulho de ser PT. Mas a data de hoje também nos exige uma reflexão histórica sobre o tempo da maldade que não pode nem deve ser esquecido. Há 56 anos, no dia 13 de dezembro de 1968, a ditadura civil-militar mostrou sua face mais cruel ao impor o AI-5.
A ditadura que golpeou Jango em 1964, no ano de 1968, dobrava a aposta na repressão e no cerceamento de direitos. O então general Costa e Silva, através do infame AI-5, instaurou o terror repressivo: o fechamento do Congresso Nacional, o avanço na usurpação dos poderes judiciário e legislativo e a censura total da mídia (a maioria conveniente com o golpe). Foram criados dois órgãos ligados ao Exército: o Destacamento de Operações e Informações (DOI) e o Centro de Operações de Defesa Interna (CODI), que se tornaram verdadeiras máquinas de perseguir, torturar e matar opositores da ditadura.
“Viver Para Contar”: minha geração e as gerações anteriores, que tanto lutaram pela democracia, ousaram resistir e sobreviver. Mas minha voz, neste momento, carrega o eco de todos os companheiros e companheiras que não tiveram a mesma fortuna de atravessar vivos este período trágico da história nacional. É incontável o número de lideranças, dirigentes, militantes, artistas, brasileiros e brasileiras que certamente liderariam a construção de um Brasil justo e democrático e que tiveram suas vidas brutalmente interrompidas. A “pátria mãe” sacrificou seus melhores filhos em nome da sede de poder de uma elite atrasada, antidemocrática e cruel.
O filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres e baseado na história da família Paiva, joga luz na barbaridade de como a ditadura destruía lideranças como o deputado Rubens Paiva. Ele foi sequestrado e executado pela ditadura, e seu corpo foi jogado ao mar, trazendo um calvário de décadas para seus familiares e amigos. A película, além de ser uma obra-prima do cinema nacional, dialoga com o tempo presente que não cicatrizou devido à impunidade dos ditadores e torturadores da época. Essa ferida volta a nos assombrar com os golpes contra Dilma e, mais recentemente, na tentativa de golpe terrorista de Bolsonaro e seus generais.
Entender o passado é crucial para não repetirmos os mesmos erros que custaram vidas, a democracia e seus pilares transformadores. O PT nasceu na luta contra a ditadura. Muitos dos seus quadros foram presos, perseguidos e carregam na alma as marcas de um tempo incompreendido por milhões de brasileiros. Nós temos a tarefa pedagógica de pautar os horrores provocados pelos regimes ditatoriais. Mais do que isso, temos o dever inexorável de punir todos os que ousaram golpear a democracia. É sem anistia para golpistas!
“A vida não é a que a gente viveu e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la.”
Gabriel García Márquez
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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