Zé de Zuza não mais está entre nós!
Quanta tristeza eu sinto agora ao saber que Zé de Zuza não mais está entre nós. A covid 19 está fazendo um estrago muito grande nos lares brasileiros. Não é fácil perder tantos amigos dessa forma.
Zé de Zuza nos deu muitas alegrias quando jogava no nosso time. Era um craque. Ele foi de uma época de grandes jogadores, junto com Marcos do Correio, Corisco, Valdeci, Di de dona Amara Ramos, Miro no gol, Toinho de Zuca e tantos outros bons atletas que nos alegraram muito.
Me vem à lembrança Amaro Major, ele tinha uma forma de torcer que era bem peculiar, praticamente entrava em campo, imitando as jogadas. Eu gostava de assistir aos jogos próximo a ele, era muito engraçado, um verdadeiro show à parte.
Zé de Zuza e eu morávamos na mesma rua 23 de julho. Tenho lembranças da época em Zé começou a namorar com Madalena, filha de Seu Antônio Vicente, este, irmão de seu Zé Vicente, ambos trabalhavam na conservação da estrada de ferro.
Madalena morava na última casa do arruado dos cassacos de linha, acho que era assim que nós conhecíamos aquele conjunto de casas geminadas, onde moravam os trabalhadores que davam manutenção nas ferrovias que transportavam a cana de açúcar pra usina.
Pois bem, vou revelar pra vocês uma coisa engraçada daquela época. Eu era o corta jaca deles. Os mais antigos sabem que o corta jaca é o menino que levava os bilhetes trocados entre os namorados, nem sei se Madalena ainda lembra disso.
Quero transmitir a Madalena, seus filhos Roquinho e Andreia, as minhas condolências e dizer da minha tristeza em ver pessoas de minha infância indo embora em meio a uma crise de saúde tão severa, que, infelizmente, não conta com o presidente para comandar as ações que poderiam estar evitando tantas mortes.
Meus conterrâneos, no maior genocídio sul-americano – a guerra do Paraguai – o Brasil perdeu 50 mil brasileiros no conflito, hoje já passamos disso e nenhuma palavra do presidente.
Muito triste!
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