Bolsonaro, o trambiqueiro que entregou a coroa do tesouro aos árabes
Toda cidade brasileira tem aquele famoso trambiqueiro, o tipo de sujeito que, quando menos se espera, ele aplica um golpe na praça. Agora, junte todos os trambiqueiros do Brasil e multiplique por dez, o resultado não chega aos pés de Bolsonaro. A propina em joias recebida pelo meliante, “presente” do príncipe árabe Mohammed bin Salman, entrou para os anais das maiores falcatruas do desgoverno.
Depois do escândalo em que ficou provada a sanha do capitão trambiqueiro para abocanhar as joias, Bolsonaro teve a cara de concreto de negar as acusações e se pintar como o homem mais honesto do planeta: “Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão” (SIC). Neste ponto o escritor Nelson Rodrigues tinha razão: “Só o inimigo não trai nunca”.
Vamos refrescar a memória do Jair Mentira. Sabe a nossa Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida por US$ 1,8 bilhão, quando o valor de mercado é pelo menos o dobro do valor arrematado? Foi comprada pelo fundo árabe Mubadala Capital. Pior de tudo é saber que a operação da venda do patrimônio brasileiro aconteceu dias depois da viagem de Bolsonaro ao Oriente Médio. Como diriam os mais antigos: “O problema do esperto é achar que todo mundo é besta”.
Bolsonaro envolveu no trambique das joias o Almirante Bento Albuquerque, depois o Itamaraty e até a família para ficar com as joias. Segundo a legislação, quaisquer itens recebidos em audiências com autoridades estrangeiras, visitas ou viagens oficiais precisam ser declarados de interesse público e passam a integrar o patrimônio cultural brasileiro. Entretanto, o Capitão trambiqueiro e a MiSheik não queriam abrir mão de se apropriar das joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, o instinto rachadinha falou mais forte.
A ironia do maior trambique do século é saber que, mesmo depois de Bolsonaro ter sido desmascarado e impedido de receber o contrabando de joias, quem perdeu de verdade foi a Bahia e o Brasil. Os árabes ficaram com a coroa do tesouro: a nossa Refinaria Landulpho Alves (RLAM).
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Se concorda, compartilhe!
📌 Siga:
Instagram https://instagram.com/josiasgomes1312
Facebook https://www.facebook.com/josiasgomespt
Deixe um comentário