
Lula a Trump: o Brasil não tem imperador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nos Estados Unidos com a firmeza de quem carrega nas costas a história de um povo que não se curva a ninguém. Em entrevista ao canal PBS NewsHour, na véspera da abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, ele deixou claro que a relação do Brasil com os EUA será civilizada, mas jamais submissa.
Trump, do alto do seu palanque de arrogâncias, decidiu impor tarifas de 50% contra o Brasil, como se fosse o dono do mundo. Mas Lula respondeu à altura: chamou a medida de “absurda” e lembrou que não se negocia com truculência, e sim com diálogo. Afinal, mesa de negociação não custa nada, mas a prepotência custa caro.
“Se Trump tivesse feito no Brasil o que aconteceu no Capitólio, também estaria no banco dos réus. Aqui a lei vale para todos”, cravou Lula, sem deixar espaço para tergiversações.
Trump não é o imperador do mundo
É preciso dizer com todas as letras: Trump não é imperador do mundo, nem dono do destino do Brasil. Ao escolher Bolsonaro como seu “aliado preferido”, o republicano ignorou o povo brasileiro. E Lula, com a ironia de quem sabe de onde veio, respondeu: “Ele escolheu Bolsonaro, não escolheu o Brasil”.
É como diz o ditado do sertão: “o cabra pode até ser rico, mas se quiser ser respeitado precisa primeiro respeitar os outros”. Trump ainda não entendeu isso. Parece mais um amostradinho querendo se impor pela força da caneta e da fanfarronice.
O Brasil não baixa a cabeça
Ao lembrar que os EUA acumularam mais de US$ 410 bilhões de superávit comercial com o Brasil nos últimos 15 anos, Lula desmontou o discurso falacioso das tarifas. Mostrou que a relação entre países deve ser construída em pé de igualdade, e não no grito.
O presidente reafirmou que defenderá a soberania brasileira em qualquer mesa, em qualquer lugar, diante de qualquer potência. Essa é a marca de um estadista: abrir o diálogo sem abrir mão da dignidade nacional.
Conclusão: o recado de Lula
O recado é simples e direto: o Brasil tem presidente, não tem capataz. Pode dialogar com todos, mas não aceita ser tratado como quintal de ninguém.
Trump que se acostume: o Brasil é um país soberano. E Lula, com seu jeito nordestino, já mostrou que não tem medo de enfrentar nenhum amostradinho metido a imperador.
Josias Gomes Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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