Cecília, companheira de amor e luta
Cecília é a minha companheira de amor e luta. Como cantou o poeta Cazuza: “nossos destinos foram traçados na maternidade”. Quando fui viver em Rondônia, tinha acabado de sofrer enorme perseguição dos usineiros de Pernambuco, devido o fato de ter me recusado a coordenar a campanha política de um usineiro o qual eu trabalhava: respondi a ele que venderia a minha força de trabalho, não a consciência.
O amor de Cecília e a sua coragem em travar as lutas que iniciamos em Rondônia foram decisivos na minha adaptação no Norte do país. Éramos dois jovens sonhadores vindos de famílias engajadas nas lutas populares. Juntamente com outros companheiros e companheiras, tínhamos a tarefa de propagar os ideais do Partido dos Trabalhadores em Porto Velho e no interior do Estado.
A região Norte, assim como no Nordeste, a perseguição de latifundiários, grileiros e madeireiros impunham dificuldades e ameaças de mortes constantes aos trabalhadores do campo e da cidade. O brutal assassinato do Chico Mendes foi um dos capítulos mais tristes e sofridos que vivemos nesta época, na realidade, este crime abalou o mundo. Era o retrato do Brasil violento que ainda não conseguira se livrar da mentalidade escravista, coronelista e de contornos ditatoriais.
A perseguição ao Partido dos Trabalhadores ainda na sua primeira década de existência anunciava que ousar disputar o poder na política institucional por um partido de esquerda não seria tarefa fácil e exigiria de nós muito amor e determinação a nossa causa. Sem Cecília, a minha história de vida e militância política provavelmente teria tomado outro rumo. Rondônia significa muito pra mim, foi ali que vi a estrela do PT começar a brilhar e conheci o amor da minha vida.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
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