Desemprego faz motoristas de aplicativos serem explorados pelas empresas!
O Brasil de Fato trouxe à tona uma matéria impactante que mostra a superexploração sofrida pelos motoristas de aplicativos Uber e similares. Podemos perceber dois fatores trágicos: Bolsonaro com a sua política desastrosa na alta de preços dos combustíveis, além da carestia nos insumos que mantém o carro, ainda conseguiu a façanha de desempregar desempregados: 25% dos motoristas desistiram de ser “uber”. Fora isso, a total precarização do trabalho promovido por esses aplicativos.
A matéria que segue neste link https://www.brasildefato.com.br/2021/09/13/nao-e-so-o-preco-do-combustivel-ex-motoristas-da-uber-contam-por-que-deixaram-o-aplicativo?fbclid=IwAR2Yq7Gq5OfiZSMN-c6yaViovKNAH7WQojo9pGa6ZE8naHe49YNRtD7CCq0 traz depoimentos chocantes de motoristas que abandonaram o Uber devido a baixa remuneração, rotinas de trabalho exaustivas, punições sem motivo, além da total ausência de direitos trabalhistas ou qualquer reparação compensatória do desgaste dos veículos dos motoristas. Isso é o reflexo da perversa política ultraliberal que vende a ilusão de que o trabalhador sozinho, desprotegido pela legislação, conseguirá ter algum ganho real, quando na prática vivem rotinas semi-escravagistas.
Desde o desmonte na legislação trabalhista, o processo de uberização tem se espalhado no mundo do trabalho. O chamado “exército de reserva” – alto número de desempregados -, obriga os trabalhadores a aceitarem trabalhos desumanos. Hoje temos engenheiros que na época do PT no governo federal ganhavam R$ 25.000 mensais. Na conjuntura atual, desempregados, muitas vezes se veem obrigados a dirigir Uber para tentar sobreviver. O problema não está na atividade em si, mas na forma como a multinacional fatura bilhões e repassa migalhas aos motoristas. Também revela a incompetência do governo federal, que se mostra incapaz de recuperar a economia e os empregos.
O Brasil precisa voltar a crescer, gerar emprego formal em todos os setores. É urgente retomarmos os direitos dos trabalhadores. Não somos contra as empresas serem bem-sucedidas, mas que respeitem as pessoas, antes de tudo como seres humanos, cumpram com os deveres trabalhistas e remunerações justas. Afinal, sem trabalhador, nenhuma empresa existe.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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