
Entenda a cronologia da tentativa de golpe de Estado, segundo a PGR. Sem anistia para golpistas!
A denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e demais golpistas é praticamente um roteiro de cinema, que mostra desde a gestação da intentona fracassada até o infeliz 8 de janeiro, quando a tentativa de golpe de Estado foi derrotada pelas forças democráticas. Compreender a cronologia da tentativa de golpe é fundamental para mensurar a gravidade dos crimes que Bolsonaro e demais golpistas cometeram!
Bolsonaro busca construir a narrativa a partir do final, quando sua massa de manobra e mercenários infiltrados invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes. Tenta se isentar de qualquer participação nesse ataque à democracia — uma ofensa à inteligência alheia. Esse ato bárbaro, por si só, é um dos capítulos mais horrendos de ataques ao Estado Democrático de Direito. Mas o 8 de janeiro trata-se da “bala de prata”, depois de outras tentativas frustradas de Bolsonaro para impedir que Lula assumisse o poder.
Bolsonaro conhece Lula desde quando seu mentor, Brilhante Ustra, torturava e matava companheiros e companheiras nos aparelhos de repressão. O golpista sabia que Lula, com os direitos políticos recuperados, venceria as eleições de 2022. Vendo seu poder ameaçado e, na ocasião, já tendo espalhado um rastro interminável de crimes — o mais grave: ser responsável direto por matar quase um milhão de pessoas na pandemia —, Bolsonaro gestou o golpe de Estado. Junto com seus “generais” traidores da pátria, arquitetou um plano macabro, fiel à mente de um sociopata.
Certos de que sairiam vitoriosos e impunes — porque, depois do golpe consumado, o Brasil viveria sua pior ditadura —, os golpistas deixaram provas cabais dos seus crimes. Queriam falsificar a história, como sempre fazem os covardes, usurpadores da democracia. A primeira medida de Jair Bolsonaro e seus asseclas, já em 2021, foram os ataques reiterados às urnas e ao processo eleitoral que o elegeu em 2018. O genocida já adubava o terreno para desacreditar as instituições.
Em 7 de setembro de 2021, Bolsonaro dobrou a aposta e começou sua campanha difamatória e criminosa contra o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente afirmou para a multidão enfurecida (fomentada pelo gabinete do ódio nas redes sociais) que só “sairia do poder preso, morto ou com a vitória”. Enquanto os brasileiros sofriam na fila do osso, com inflação galopante, desemprego e desmonte do Estado, Bolsonaro só se preocupava em destruir a democracia e se perpetuar no poder a qualquer custo.
No ano eleitoral, em julho de 2022, Bolsonaro fez a famosa reunião ministerial para arquitetar o golpe. Abriu os cofres da União, derramou bilhões para tentar se reeleger, propagou mentiras incontáveis, mas, mesmo assim, foi derrotado por Lula no primeiro turno. Em mais uma tentativa frustrada de reverter a vontade soberana das urnas, no segundo turno das eleições, usou todo o aparato da Polícia Rodoviária Federal no intuito de impedir que os eleitores nordestinos de Lula pudessem votar. Não por acaso, ele conseguiu diminuir a margem de votos de Lula no primeiro turno.
Sacramentada a vitória de Lula no segundo turno, em 30 de outubro de 2022, Bolsonaro e seus comparsas colocaram em curso a fase mais ofensiva e violenta do seu golpismo! Incitou os acampamentos golpistas a contestarem os resultados das eleições e a pedirem intervenção militar. Na outra ponta, em dezembro de 2022, Bolsonaro colocou em curso a face mais cruel desses inimigos da democracia: o macabro Plano “Punhal Verde e Amarelo”. Eles queriam apunhalar a democracia pelas costas. O alvo: três das maiores autoridades do país — o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Segundo a denúncia apresentada pela PGR, Bolsonaro sabia de tudo e concordou! Não tem como ele se fingir de inocente; as provas apresentadas pela PGR são contundentes.
O plano assassino, que visava abolir o Estado Democrático de Direito por via violenta, só não obteve êxito porque os golpistas não encontraram apoio no comando do Exército. Vale destacar que, antes da posse de Lula, na véspera do Natal de 2022, as forças de segurança prenderam um bolsonarista que iria explodir um caminhão-tanque em Brasília. O objetivo era causar o caos no país e criar as condições para o golpe. Observem o nível de maldade dessa gente.
Somente depois de toda essa trama golpista fracassada acontece o 8 de janeiro, quando os golpistas ordenam a invasão e depredação dos Três Poderes. Os criminosos queriam forçar o presidente Lula a decretar uma GLO e transferir o poder para os militares — tudo o que Bolsonaro queria para investir no sequestro da democracia. Lula deu um xeque-mate e, junto com os poderes estabelecidos, derrotou os golpistas.
Entender a gravidade e a dimensão dessa tentativa de golpe é vital para saber que a democracia esteve à beira do precipício. Caso eles tivessem conseguido abolir o Estado Democrático de Direito, muitos não estariam aqui para contar a história; outros estariam presos e perseguidos. Como sempre, quem mais sofreria seria o povo! Falar em anistia depois do maior ataque à democracia desde a redemocratização é compactuar com aqueles que queriam mergulhar o Brasil num abismo.
A nossa luta em defesa da democracia continua! Não descansaremos um segundo até ver Bolsonaro e seus comparsas no banco dos réus! Que a verdade prevaleça e os golpistas tenham o fim que merecem: a lata do lixo da história!
#SemAnistia #BolsonaroPreso
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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