Esquerda vence eleições na Colômbia e Gustavo Petro é o novo presidente colombiano
O triunfo da esquerda colombiana com a vitória presidencial de Gustavo Petro e a vice Francia Márquez é histórico e reafirma a nova era de governos populares na América Latina. Para se ter uma ideia do tamanho deste feito, ele é comparável a vitória de Lula quando derrotou as forças do atraso em 2002 e pela primeira vez na história do Brasil levou um presidente da classe trabalhadora ao poder.
Petro é um ex-guerrilheiro, que se insurgiu contra a oligarquia colombiana ainda nos anos 80, depois ingressou na via partidária, onde se sagrou deputado, senador e prefeito de Bogotá. Nesta arriscada trajetória de líder de esquerda, Gustavo Petro enfrentou inúmeras ameaças de morte, no país que mata uma Marielle por dia não arredou pé da luta, confiou no acúmulo de forças dos setores progressistas.
A mesma oligarquia perversa, submissa aos EUA, fez um dos países latino-americanos mais ricos, também um dos mais desiguais do mundo. O neoliberalismo ditado pela direita da Colômbia levou o país a inflação de dois dígitos, taxa de pobreza em torno de 40% e 20% da juventude desempregada, qualquer semelhança com o Brasil não é mero acaso. Temos afirmado todos os dias, a direita tem projeto de poder, não de país, ao passo que a maioria da população mergulha na miséria absoluta, a elite acumula mais poder e dinheiro, um sistema insustentável e com este nível de desumanidade está fadado ao fracasso!
Em sua plataforma de governo, Gustavo Petro não titubeou em defender a inserção de programas sociais, a defesa do meio ambiente, a taxação das grandes fortunas e enfrentamento da violência estatal e paramilitar contra o povo colombiano. Em seu discurso após o resultado vitorioso das urnas, o novo presidente foi contundente e sacramentou: “Esta história que estamos escrevendo hoje é uma nova história para a Colômbia, para a América Latina, para o mundo”, disse. “Não vamos trair este eleitorado.”
A esquerda latino-americana emplaca a sua sétima vitória: México, Argentina, Bolívia, Peru, Honduras, Chile e Colômbia, certamente, em outubro, a vitória de Lula agigantará o arco de vitórias populares e democráticas em nosso continente!
Certa vez o mestre Gabriel García Márquez falou: “Tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não são os amores felizes, mas os contrariados”. A contrariedade dos povos oprimidos ergue a sua voz no país de Gabo, para que os amores felizes em liberdade e justiça social possam triunfar sobre o mal que um dia ousou nos aprisionar. Viva Colômbia. Viva América Latina, o presente é de luta, o futuro é nosso!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
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