Na CELAC, Lula defende o combate ao financiamento do crime organizado
Na 4ª Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia em Santa Marta, na Colômbia, o presidente Lula voltou a defender a cooperação internacional e políticas coordenadas entre os países da região para combater o financiamento do crime organizado. Diante de um problema de alcance transnacional, ele acredita que “não existe solução mágica para acabar com a criminalidade”.
O presidente do Brasil acredita ser necessário implementar ações de combate às organizações criminosas que tenham como finalidades prioritárias: prender as lideranças, cortar o financiamento, além de rastrear e eliminar o tráfico de armas. O modelo que Lula defende entre os países parceiros é o mesmo que propõe em nível nacional, com a cooperação entre União, estados, municípios e órgãos competentes de repressão ao crime.
Durante o encontro da cúpula, o presidente citou duas ações em curso, lideradas pelo Brasil: a renovação do Comando Tripartite da Tríplice Fronteira, que envolve Brasil, Argentina e Paraguai e o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, localizado em Manaus, que reúne nove países sul-americanos.

A famosa “guerra às drogas”, lançada oficialmente em 18 de junho de 1971 nos EUA por Richard Nixon e replicada em nossa região, mostrou-se ineficaz no combate ao crime organizado. Mesmo com um alto custo de investimento na repressão, as organizações criminosas não deixaram de expandir suas fronteiras, lucros e a diversificação de novas operações criminosas. Na realidade, houve um aumento drástico na matança e no encarceramento de pobres, mas não foi possível eliminar as fontes de financiamento e os financiadores das organizações criminosas.
Lula acerta ao propor ações coordenadas entre países, sem ferir a soberania de nenhuma nação. É preciso mudar a estratégia de combate às organizações transnacionais para alcançar resultados mais eficientes e de médio e longo prazo.
Que a 4ª Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia consiga responder aos desafios atuais de segurança pública e garantir esse direito universal às populações do nosso continente.
Josias Gomes
Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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