Padre Júlio quebra com marretadas a opressão dos poderosos!
Se essa fotografia rodasse o mundo sem legenda, dificilmente as pessoas entenderiam qual o significado do homem, aos 72 anos de idade, estar com uma marreta quebrando pedras debaixo do viaduto. Poucos imaginariam que o concreto armado é “obra” do prefeito da maior cidade da América do Sul para impedir desabrigados de dormirem o sono dos humilhados do capital.
Qual o nível de desumanidade faz o prefeito eleito com voto do povo atentar contra os seus semelhantes de forma tão cruel? Na eleição de 2020, Covas chamava Boulos de radical, porque o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto luta por moradia digna para quem não tem. Realmente, na cabeça de gente igual a Covas desabrigados dormirem em viadutos ao relento é luxo, casa própria então, supera o padrão daqueles que acostumaram jogar pretos e pobres nas senzalas, barracos e calçadas.
Não é de admirar que a música de um baiano ainda hoje faça tanto sentido em São Paulo: “Narciso acha feio o que não é espelho”. O menino criado na elite paulistana, que se tornou prefeito da cidade que é o coração do Brasil, quer uma cidade presépio, higienizada e sem pobres.
Sampa precisa ser a metrópole das negociatas tucanas sem os invisíveis sociais enrolados em cobertores de vergonha. Mas acabar com a pobreza nunca foi o forte do PSDB. Então eles expulsam os pobres na base da violência, dos jatos de águas, com pedras nos viadutos e administração imoral de cima pra baixo.
Mesmo diante dessa política eugenista do Covas, existe amor em SP. Existem gigantes como o padre Júlio Lancellotti, que parte o concreto com marreta anti-opressão. O Brasil necessita de milhões de ativistas como Júlio. É dever de todo ser humano com o mínimo senso de justiça derrubar governos de pedra e ódio. Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, eu diria que certas ações valem mais do que uma biblioteca!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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