Quem tinha motivos para mandar matar Marielle?
O Ministro Flávio Dino mais uma vez foi perfeito em suas colocações. O caso Marielle Franco é de dimensão nacional e internacional. Trata-se da violência política contra as mulheres, da vontade incontrolável de silenciar as vozes femininas. Se milicianos tem a audácia de vitimar uma vereadora da segunda maior cidade do país, vocês imaginem a violência perpetrada diariamente contra as mulheres nas periferias brasileiras.
Durante o desgoverno, as investigações do caso Marielle sofreram incontáveis atropelos, o objetivo central nas obstruções ocorridas nos tempos da cólera eram ocultar os mandantes deste crime bárbaro. Mas a verdade vem à tona, um dos motivos do Brasil escolher o lado civilizatório é exatamente para acabar com o modus operandi dos milicianos.
À medida que as investigações da Polícia Federal avançam, temos ciência do tamanho da organização criminosa que está por trás do assassinato da vereadora fluminense. De acordo com informações da PF, o ex-bombeiro Maxwell preso durante a operação dos federais, movimentou R$ 6,4 milhões com atividades ilegais da milícia, ele é comparsa do atirador Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro, que realizou várias ligações para casa do ex-presidente. Na época, os Bolsonaros argumentavam que os contatos constantes se deviam ao fato do filho Renan Bolsonaro namorar a filha de Lessa, mas segundo a imprensa, neste período a filha de Lessa residia nos EUA.
Sem julgamentos prévios, até porque cabe a justiça provar os mandantes do assassinato de Marielle, no mínimo é estarrecedor, Bolsonaro ter relações tão próximas com gente inundada do mundo do crime. Marielle que sempre combateu a milícia e se posicionava na linha de frente dos Direitos Humanos, perdeu a vida por combater este poder paralelo que se enraizou no Rio de Janeiro. Em contrapartida, Bolsonaro cansou de defender miliciano. Alias, peguem as votações de Bolsonaro em áreas controladas pela milícia.
Os algozes da vereadora não levaram em conta é que uma ideia não pode ser morta, a força das ideias de Marielle ajudará o Brasil a derrotar um dos braços da milícia. O navio da impunidade começou a ruir e quando navios estão prestes a afundar, os ratos abandonam o comandante. Avancemos até que os mandantes deste terrível assassinato estejam atrás das grades. Deste dia em diante, os ares do Brasil estarão respiráveis, prontos para oxigenar outras Marielles.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-Líder do PT na Câmara
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