Segurança Pública precisa ser debatido de maneira séria, ética e aprofundada!

A fala do governador Jerônimo Rodrigues, ao abordar a questão da Segurança Pública, foi correta ao tratar o tema de forma abrangente e reconhecer que a violência é um problema que afeta todo o Brasil, não sendo restrita à Bahia. Jerônimo, de maneira sensata, apontou que o enfrentamento da criminalidade é uma tarefa complexa, envolvendo todos os estados do país, e destacou que a situação exige políticas públicas articuladas em diversas frentes, inclusive com o governo federal, posição também compartilhada com o presidente Lula.

A menção do governador Jerônimo a outros estados, como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, reforça a percepção de que a violência é um fenômeno nacional, exigindo soluções que vão além de uma resposta isolada de um ou outro estado. Caiado, ao tentar diminuir a fala de Jerônimo e sugerir que “em Goiás bandido não se cria”, faz uma provocação que desconsidera a dimensão do problema e a diversidade dos desafios regionais. Jerônimo, por outro lado, foi responsável ao reconhecer que cada estado tem sua política de enfrentamento à violência e ao apresentar resultados positivos em algumas localidades baianas, onde municípios passaram anos sem registrar mortes violentas.

O tema da Segurança Pública exige muito mais do que falas eleitoreiras ou provocações oportunistas. É assim no Brasil e no mundo inteiro. Nesse sentido, o governador da Bahia está correto em destacar que a questão da Segurança Pública precisa de uma visão nacional, dado que o crime organizado atua em redes que transcendem as fronteiras estaduais e, na realidade, até internacionais, visto que o crime organizado está articulado em diversos países. Não se trata de uma competição entre governadores, mas de um esforço coordenado, onde cada estado, de acordo com sua realidade, trabalha para oferecer uma vida mais segura aos seus cidadãos.

Defender a fala de Jerônimo é defender uma postura consciente, que reconhece que os desafios da segurança não têm uma solução fácil ou imediata, mas exigem planejamento, cooperação entre todos os entes federados e, sobretudo, políticas públicas eficazes e integradas. Não é por acaso que os nossos governos investem em programas sociais, educação, cultura, geração de emprego para a juventude no campo e na cidade.

Se a falácia de “bandido bom é bandido morto”, “bandido não se cria”, fosse a fórmula da solução para este problema global, o desgoverno passado e seus congêneres teriam resolvido o problema em definitivo, o que de fato não fizeram. Acreditamos neste novo Brasil e Bahia e em melhores oportunidades para todos, sem deixar de ser firmes no combate à criminalidade, como é o caso da Segurança Pública da Bahia e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara

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