Universitários norte-americanos protestam contra o massacre na Palestina. Basta de guerra!

A revolução dos povos não será uma tempestade abrupta capaz de suplantar a barbárie capitalista neoliberal e lavar os horrores de suas guerras imperialistas e incontáveis barbaridades espalhadas em todos os continentes. A revolução dos povos é como uma nascente perene que irriga os rios de maneira silenciosa até alcançar os mares agitados da inevitável mudança da ordem dominante.

Direto do centro do império estadunidense emerge o movimento dos estudantes universitários que protestam contra o genocídio israelense na Palestina. Um movimento que teve início na Universidade de Columbia e rapidamente se espalhou feito pólvora por quase uma centena de universidades norte-americanas. As autoridades dos EUA, que se vendem como a “terra da liberdade”, estão em pavorosa e utilizam todo aparato estatal para demover os justos protestos dos estudantes contra o massacre dos sócios EUA/Israel em solo palestino.

Sabe a água da nascente que se movimenta silenciosamente pelo curso dos rios? No caso da Palestina, a nascente é Lula! Foi ele o único grande líder mundial que se posicionou frontalmente contra o massacre do povo palestino. A grande mídia brasileira, que cobre as manifestações estudantis americanas com notas de rodapé envergonhadas, é a mesma que queria crucificar Lula por se posicionar do lado certo da história.

Vale a pena resgatar uma das falas contundentes do nosso presidente contra o massacre sionista na Faixa de Gaza: “O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não estão morrendo soldados, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, afirmou Lula. A indignação de Lula perante o maior crime de guerra do século XXI começa a reverberar até mesmo nas barbas do ninho da serpente.

Hoje, o governo de Benjamin Netanyahu está isolado na sua posição genocida, com pouquíssimos apoios, numa encruzilhada completa sem ter para onde ir com a essa guerra covarde! Lula está certo!

Os EUA, em nome da “democracia”, deflagram golpes de Estado, financiam guerras e colhem os espólios; não podem mais esconder do mundo que a ditadura do capital é a principal raiz dos grandes males contemporâneos desde que se tornou o berço do imperialismo no mundo. A dita democracia ianque, à qual os jornalões não ousam contestar, reprime brutalmente manifestações pacíficas de cidadãos americanos.

De acordo com a Agência Pública, em Boston, a polícia removeu à força um acampamento pró-Palestina montado por estudantes do Emerson College na manhã da última quinta-feira. Mais de 100 pessoas foram presas. A ironia é que a “livre manifestação” dos EUA, muitas vezes, é conivente com grupos de extrema direita, mas utiliza-se de todo expediente violento para reprimir manifestações estudantis legítimas. Até quando a represa do imperialismo sustentará a força natural dos rios?

Todo império nasce condenado a ruir. Os Estados Unidos, que desde o final da Segunda Guerra Mundial gastou trilhões de dólares em guerras e dominação de países, convive com uma crise social que faz o país acumular milhões de famintos, desempregados, sem-teto, falidos, drogados e prostituição à luz do dia. Não consegue sequer oferecer saúde e educação gratuitas ao próprio povo (inclusive a nível universitário). Tudo em nome de manter seu império bélico e pequenos bolsões de bilionários espalhados pelo mundo, em detrimento do sofrimento de bilhões de pessoas. Os mares estão agitados para os imperialistas, a nova ordem multipolar é irreversível, os EUA podem tentar atrasar o processo libertário e civilizatório, mas não deterão a marcha dos povos.

“O século 30 vencerá! Ressuscita-me para que ninguém mais tenha que sacrificar-se por uma casa, um buraco. Ressuscita-me para que o Pai seja ao menos o Universo e a Mãe, no mínimo a Terra”. – Vladimir Maiakóvski

Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia

Vice-Líder do PT na Câmara

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