Vá em paz companheiro Eugênio!
“Jesus. Loucura. De infarto, totalmente inesperado. Lamentável”. Foi assim que o companheiro Goés, secretário de Administração, me respondeu ao receber a notícia que lhe enviei da morte de Eugênio .
Morrer de repente, feito tocador de viola, impacta muito mais. Vem a sensação de que nunca mais tinha estado com ele, ou mesmo aquela ideia, puxa vida, por que não liguei pra ele nos últimos dias? A vida tem dessas fatalidades inexplicáveis.
No meu caso vou ficar devendo a retribuição de um churrasco que ele ofereceu em sua casa a mim e Everaldo. Foi um dia maravilhoso, falamos sobre futebol, ele era apaixonado pelo internacional – nem pude brincar com ele pelo meu Sport ter ganho do Inter em Porto Alegre – falamos de meio ambiente e de política, outro tema preferido dele. Aliás, que perda insubstituível para o meio ambiente.
Eugênio era um gigante da sua área. Trabalhou no governo Lula no Ministério do Meio Ambiente como coordenador executivo da I e II Conferência Nacional do Meio Ambiente. Foi secretário do Meio Ambiente, responsável pela implementação das comissões técnicas tripartites estaduais e promoção do Programa de Capacitação de Gestores Municipais do Meio Ambiente. E teve tantas outras realizações que quem o conhece sabe da sua brilhante atuação.
A morte quando acontece assim ficamos prostrados literalmente, sem saber o que fazer, faltam palavras pra definir essa dor de perder alguém tão querido e de maneira prematura.
Quero ter dele sempre as boas lembranças, seu companheirismo, a sua elegância ao discordar, sendo muito firme na defesa de seus pontos de vista.
Estive em um aniversário dele realizado no Tchê Picanha e fiquei conversando com Wagner num canto afastado, ele se aproximou e virou logo uma rodinha de conversas, sobre o quê? Política. Conversa vai, conversa vem e eis que Cibele passa próximo a nós e eu resolvo mudar o rumo da prosa, perguntei de pronto a ele, vamos trocar os chefes de gabinete? Ele nem bem parou pra pensar e me perguntou: por que, você quer Cibele lá na Serin? Falei que por ser ex-prefeita, se encaixava bem no perfil do trabalho da secretaria que trata da política de governo. Pronto, assim foi feita a troca. Martiniano foi pra Sema e Cibele veio pra Serin. Uma característica dele era a praticidade, abominava conversas compridas.
Gente muito boa e não é porque morreu, ele fará muita falta a todos nós e ao mundo que tanto precisa de defensores do meio ambiente.
Tem aquela máxima sobre pessoas que morrem: era uma pessoa boa. No caso do meu amigo Eugênio, realmente, ele era uma pessoa de luz.
Presto a minha solidariedade aos seus familiares e amigos. Vá em paz companheiro Colorado, você fez o seu melhor!
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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