”Viva Che: o comandante de ferro que jamais perdeu a ternura

Ernesto Guevara de la Serna, Comandante Che Guevara! Revolucionário, símbolo da luta anti-imperialista, que doou a vida no combate implacável contra a injustiça social e pela libertação dos povos.

Filho de Ernesto Guevara Lynch (engenheiro, de família aristocrática com raízes irlandesas e bascas) e Celia de la Serna y Llosa (herdeira de uma família abastada), Che cursou medicina e mergulhou em leituras de tal forma que sua biografia se tornou o livro que os gênios da literatura latino-americana jamais escreveriam. O capítulo decisivo de sua revolução itinerante começou quando ele ousou curar as feridas do mundo ainda jovem: na jornada de motocicleta pela América do Sul com Alberto Granado. Ali, Che conheceu de perto “As Veias Abertas da América Latina” e absorveu em seus poros o desejo de lutar até as últimas consequências pela libertação dos povos.

Che Guevara tornou-se um ícone da Revolução Cubana – algo tão grandioso que o próprio capital, após seu sacrifício final, apropriou-se de sua imagem para transformá-lo em figura pop nos setores menos politizados. Mas o Che amado por socialistas e revolucionários é o homem integralmente dedicado à causa coletiva: o herói de Cuba e do Terceiro Mundo que não reconheceu fronteiras na luta anti-imperialista. Colecionou fracassos, viveu o abandono, perdeu momentos irreparáveis com familiares e amigos – até perder a vida no auge da militância.

Exaltar o Comandante Che é, antes de tudo, compreender sua dimensão humana: o ministro que cortava cana com os trabalhadores; o asmático que, na guerrilha, cobrava de si a mesma disciplina exigida dos liderados – sempre com firmeza e amor, era quem escrevia poemas entre tiros e corpos tombados: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”.

O capitalismo tenta aprisioná-lo na foto de Alberto Korda como um “rei da selva” enjaulado – perigo a ser evitado a todo custo! Mas a cada dia, especialmente em 14 de junho (seu aniversário), rendemos homenagem ao espírito insubmisso às ordens dos poderosos. A coragem e os ideais de Che abrem um clarão permanente na luta pelo nascimento do novo homem e da nova mulher que um dia guiarão um mundo socialista – e profundamente humano, esta palavra tão gasta em tempos de cólera.

¡Hasta la victoria siempre!”

Josias Gomes Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara

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