Fantástico mostra o Plano Golpista de Bolsonaro e seus cúmplices!

O plano golpista “Operação Punhal Verde e Amarelo” de Bolsonaro, seus generais e demais comparsas para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, segundo seus próprios mentores, visava tomar o poder “como foi em 64”. O Fantástico fez uma reportagem que revela o passo a passo da intentona golpista.

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Cabe ressaltar que, em 1964, os militares usurparam o poder sem disparar um tiro. No caso da “Operação Punhal Verde e Amarelo”, o cerne do plano golpista era eliminar o presidente e o vice-presidente eleitos, além do então presidente do TSE e ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. Tudo foi muito bem arquitetado para provocar o caos no país e justificar a manutenção de Bolsonaro e dos golpistas no poder.

A reportagem do Fantástico apresenta áudios da trama golpista, nos quais o general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes, aparece como um dos principais articuladores do plano, juntamente com oficiais de alta patente das Forças Armadas. Não restam dúvidas: a “rataria” queria dar um golpe de Estado por via violenta e estava disposta a ir até as últimas consequências.

Enquanto Bolsonaro fingia luto após a derrota eleitoral para Lula, o plano para destruir a democracia foi impresso no Palácio do Planalto, levado ao Palácio da Alvorada e discutido na casa do ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice de Bolsonaro na eleição de 2022, general Walter Souza Braga Netto. O golpe, como todos suspeitavam, têm as digitais de Bolsonaro e de oficiais fardados traidores da pátria.

A investigação da Polícia Federal vai além e comprova que os acampamentos golpistas em Brasília e em várias cidades do Brasil não eram apenas um piquenique no parque, como a extrema-direita ousa dizer. Eles eram parte integrante do plano “Punhal Verde e Amarelo” e recebiam ordens do comando golpista. Os atentados aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 revelam-se como a “bala de prata” dos golpistas para desestabilizar o governo recém-empossado do presidente Lula. Não fosse a liderança firme do presidente, a democracia poderia ter sido extinta a partir daquele vandalismo orquestrado pelos bolsonaristas.

Diante de provas robustas, meus companheiros e companheiras, podemos afirmar que o Brasil esteve muito perto de reviver, não somente 64, mas também 68 e o danoso Ato Institucional Número Cinco (AI-5). Este impôs a cassação de políticos eleitos nas esferas federal, estadual e municipal, autorizou o presidente da República a intervir nos governos estaduais e municipais e permitiu a suspensão de direitos e garantias constitucionais individuais, como o habeas corpus, entre outras medidas de “caça às bruxas”.

É Sem Anistia Para Golpistas. É inadmissível que, em pleno século XXI, tenhamos oficiais das Forças Armadas da ativa e da reserva dispostos a instaurar mais uma ditadura no país. É chegado o momento de repensar a formação militar, que ainda não se livrou por completo da chaga golpista. Precisamos colocar a rataria em seu devido lugar, até para preservar a imagem das Forças Armadas e as reputações dos oficiais legalistas.

Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara

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