
Música: Permita-se sempre à chegada do novo, mas não esqueça o que te trouxe até aqui.
O conceito de clássico é exatamente se eternizar no tempo, fundar obras imortais que nem mesmo tempos sóbrios podem apagar. Ouvir músicas boas, apreciar uma letra que nos faz refletir, emocionar-se e também alegrar-se é o verdadeiro luxo, que precisa ser socializado sem moderação.
Nada contra quem gosta do estilo de música que melhor lhe convém. Mas é importante conhecer outros gêneros, ainda mais no Brasil, que é o maior celeiro de músicas lindas do planeta. Certamente, ao ler este texto, você terá dificuldade de lembrar qual foi o último sucesso do verão passado. Mas, mesmo quem nunca tenha conhecido Pixinguinha mais a fundo, ao ouvir os primeiros acordes da canção Carinhoso, vai reconhecer de imediato que se trata de uma obra eterna. Essa é a verdadeira maestria da arte imortal.
É importante lembrar: ninguém ama o que inexiste para si. O Estado, as instituições, os pais e os familiares têm o dever de apresentar às novas gerações toda a nossa riqueza artística e cultural.
Eu venho de uma geração que me legou a Bossa Nova, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Sivuca e tantos mestres. Vi nascer a MPB e o Rock Nacional dos anos 80. Descobri ainda na juventude a potência do Cinema Novo. Aprendi com os clássicos da literatura universal, mas sem esquecer e valorizando em dobro os escritores brasileiros.
Sinto que, se a arte atemporal não fizesse parte da minha vida, eu seria apenas mais um roteiro escrito por mãos estrangeiras. Esse sentimento de pertencimento cultural é o meu “alforje de caçador”, que me preparou para as batalhas e alegrias da vida. Permita-se sempre à chegada do novo, mas não esqueça o que te trouxe até aqui.
Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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