O neoliberalismo destrói as relações de trabalho e fragmenta a classe trabalhadora!
A face mais perversa do neoliberalismo reside em implantar na mente da classe trabalhadora a ideologia de seu próprio opressor. Esse processo de alienação, disseminado por múltiplos mecanismos, chega a contaminar até mesmo crianças e jovens nas escolas – muitas delas já submetidas a diretrizes neoliberais.
Lembram quando a extrema-direita repete a falácia do “escola sem partido”? Trata-se, na verdade, de um projeto de educação sem pensamento crítico, sem método científico e sem memória histórica. Afinal, é no terreno da ignorância que florescem as mentiras e os “valores” distorcidos do neoliberalismo. Quando filhos de trabalhadores atacam a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a associam a “trabalho de pobre”, vemos como o debate sobre o mundo laboral foi impregnado de manipulação.
O neoliberalismo devastou direitos históricos: precarizou o trabalho, adoeceu milhões com salários aviltantes, metas impossíveis, jornadas exaustivas e equipes reduzidas. Expulsou massas para a informalidade e vendeu a quimera da “pejotização” – essa farsa do “empreendedor de si mesmo”.
A opressão ideológica é tão bem orquestrada que trabalhadores e seus filhos voltam-se contra sua própria proteção: a CLT, conquistada com sangue, suor e lágrimas de gerações passadas. É a velha máxima romana de “dividir para conquistar” aplicada à perfeição.
Hoje, o desafio urgente de partidos de esquerda, sindicatos e governos progressistas é reunificar uma classe trabalhadora fragmentada – parte dela, ironicamente, defendendo as armadilhas que a destroem. Não é por acaso que os opressores investem vorazmente nos aparelhos ideológicos: Educação, Cultura, Ciência, Mídia e Big Techs. Quando o “Mercado” exige cortes em políticas públicas, não busca apenas se apropriar de mais recursos do orçamento público: quer manter o povo na escuridão intelectual, impedindo o surgimento de trabalhadores conscientes que recusem a escravidão moderna disfarçada de “liberdade”.
Precisamos reagir antes que a classe trabalhadora perca até a consciência de seu próprio campo.
Numa disputa em que oprimidos combatem outros oprimidos, nem Marx seria necessário para prever o desfecho trágico.
Josias Gomes
Deputado Federal do PT/Bahia
Vice-líder do PT na Câmara
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